Capitulo 8

Pergunta: O nome Carolina é por causa da sua irmã ? Ela pediu ou você que quis escolher? 

Resposta: Ela nem sabe! kkkkkkk Eu queria um diferente, nunca vi Carol numa fanfic, é dificil, dai peguei e coloquei. 

Naquele dia, levei Luan pra minha casa e tratei de mima-lo. Ele entrou no Twitter, todos estavam sabendo, postou algumas coisas e depois deitou me abraçando, com a cabeça no meu peito.

- O que ela te disse? 

- A Eduarda? 

- Sim. 

Parei pensando se contaria pra ele. 

- Ela me pediu pra cuidar de você e da Lilian. 

- Só?

- Não. Ela me disse pra ser uma mãe pra ela, e eu quero muito ser. Quero te ajudar com ela.

- Eu não acho certo. 

- Eu quero. Vem ficar aqui comigo. Podemos morar juntos, e eu vou te ajudar com ela. 

- Como um dia a gente sonhou. 

Quando mais novo, sonhávamos dividir uma casa, sermos os melhores amigos mais unidos e ajudar um ao outro.

- É, como um dia a gente sonhou. 

- Você vai ser uma boa madrinha pra ela. 

- Quero muito cuidar dela. 

- Podemos conversar sobre isso. 

- Promete pensar?

- Prometo. Eu acho ótimo, mas não acho justo. Mas, prometo pensar. 

- Pense. - Sorri pra ele. - Por que não dorme um pouco?

- To tão cansado, mas não sei se vou conseguir dormir.

- Vai sim, dorme. - Fazia cafuné nele.

- Eu vou colocar o celular pra despertar e ... 

- Sem despertador. 

- Mas, eu tenho... Que me despedir dela. 

- Eu prometo que você vai, não vou te deixar perder.

- Promete? 

- Prometo. 

Quando vi, ele estava dormindo, feito pedra. Era cedo, sai do quarto e liguei pra sua mãe. Ela estava preocupada com ele. Conversei com ela, depois com o pai, ele me disse que talvez Luan não estivesse entendendo ainda direito o que estava acontecendo, mas logo fui dormir também. Era dez horas quando acordei com o celular tocando. Era Seu Amarildo, avisando que o corpo tinha sido liberado. Tomei banho e me arrumei, depois acordei Luan. Ele estava assustado, acordou depressa, mas consegui desperta-lo antes dele entrar no banho. Ele não demorou, entrou no quarto enquanto eu esperava ele na sala. Ele demorou, então entrei e ele estava sentado chorando. 

- Lu... 

- Carol, eu não vou conseguir. - Ele limpou as lagrimas. Abracei ele. 

- Eu estou aqui com você. Agora, você precisa ser forte. Vem tomar café que estamos atrasados. 

- Eu não to com fome. 

- Precisa comer, vem. - Peguei em sua mão e levei ele até a mesa. Servi do jeito que ele gostava e então comemos devagar, em silencio. E então, peguei meu carro e fui dirigindo até o local, ainda em silencio. Respeitei aquele tempo dele.

- 

Luan ficou o tempo todo dentro da sala onde ela estava sendo velada, e eu fiquei boa parte do tempo com ele, mas minha amiga da faculdade, Aline, chegou e então, sai com ela um pouco. Ela talvez fosse a única  pessoa que sabia e me entendia.

- Como você ta? - Ela me abraçou forte.

- Eu não sei, to confusa. - Chorei em seus braços. - Eu queria ele feliz. 

- A culpa não é sua. Aconteceu. Você ama ele, é natural que não queira que os dois seguissem juntos. Mas não se culpe por ser contra a relação dos dois no seu coração, você sempre apoiou ele. 

- Talvez não foi suficiente. 

- Mas é claro que foi. Não tente resolver tudo agora. Fique ao lado dele e só. Depois, as coisas se ajeitam. 

Ela teve que sair, tinha que trabalhar e eu voltei pra ficar com Luan. Cada segundo, foi difícil pra ele, e consequentemente, pra mim. Ela foi cremada, e depois, Luan começou a se recusar a ir pra casa. Dona Marizete me olhava com desespero, sem saber como agir. Ele começou a pedir pra ficar comigo, e então acabou indo comigo. Assim que ele chegou, foi tomar banho e depois eu fui. Fiz ele comer algo. Era quase noite. E então, Luan pediu pra ir ver Lilian. Eu fui com ele, e ficamos pouco lá, mais Luan se sentia bem perto da filha, e isso era incrível pra mim. Enquanto isso, do lado de fora, as noticias explodiam uma a uma. Bebe prematuro, queda de escada, morte no parto e o sofrimento por uma perda de um dos artistas mais famosos do Brasil era um prato cheio pra imprensa. Eu e seu pai demos um jeito dele não ver, ler ou ouvir nada que estavam falando. Seria melhor assim. Luan acabou com os shows de 15 dias adiados e novamente se recusou a ir pra casa, dizendo que não queria olhar aquela escada de novo. Dona Marizete até estudava a ideia de se mudar de casa, mas seu marido convenceu que o melhor seria dar um tempo pra ele, deixasse que ele ficasse onde quisesse. E assim Luan se tornou meu hospede por um tempo. Íamos juntos todos os dias ver Lili, que estava mais forte a cada dia. Quando ele tinha shows, ia e vinha, com a desculpa de ver Lilian. Não dava entrevistas tocando no assunto e não falou com ninguém sobre isso. Se fechou  e guardou os sentimentos ligados a perda de Eduarda pra ele, e isso me preocupou. O fantasma do luto de Luan, ainda assombrava a casa, mas tudo estava ficando melhor, com a saída de Lilian em poucos dias do hospital.

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