Capitulo 5

Postando outro pra Brubs linda! haha

Era fim de Abril. Estava em meu apartamento quando ouvi batidas na porta. Levantei, e abri rápido. Encontrei um Luan sorridente, feliz. Ele me deu um beijo e entrou.

- Precisava muito falar com você. 

- Como você está? 

- Bem! E você? 

- Bem. - Sorri. - Falta pouco hein? 

- Falta! 27 semanas... 2 mês.

- Está quase na hora. Escolheu o nome? 

- Ainda não. Mas hoje eu vim aqui por outro motivo. - Ele pegou na minha mão. 

- O que foi? 

- Eu tomei uma decisão! Mas queria falar com você antes.

- O que? 

- Acho que vou marcar a data do meu casamento. Pra daqui um ano. Mas eu queria pedir seu apoio. Quero que me abençoe Carol.

- Eu? Você não precisa da min... 

- Preciso. Eu quero que você abençoe. 

Eu fiquei sem reação, sem fazer o que dizer. Meu olhar se encontrava com o dele e ele percebeu minha dificuldade. 

- Sei que isso é estranho, sei também que você não acha que eu devia ir tão rápido, mas eu não posso casar sem a sua benção, assim como não posso sem a da minha irmã, e do meus pais. Falei com eles, e agora falta você. 

Eu não podia e nem iria negar aquilo a ele. Mas ao dizer aquelas palavras, me coração se dilacerou. 

- Eu te dou minha benção Lu. 

-

Não deu duas semanas, Luan estava de data marcada. Fizeram um jantar, e eles não se desgrudaram um segundo. Eram abraços, beijos e carinho. Luan sorria de orelha a orelha. Chamavam a atenção pela alegria. Eduarda tinha ficado uma gravida muito bonita. Estavam ansiosos, todos estavam. Luan chamou a atenção de todos. Eu logo peguei minha maquina e sentia meu coração apressado pela noticia. 

- Eu queria falar uma coisa muito importante! 

Todos prestavam atenção. Ele pegou Eduarda pelo mão e sorria, em pé. 

- Eu e a Duda, escolhemos o nome da nossa filha! 

Todos gritavam, perguntavam qual seria, e eu estava curiosa também. 

- Conversamos bastante e nosso princesa vai se chamar... Quer falar amor? - Luan perguntou e ela sorriu. 

- Lilian. Nossa menina se chamará Lilian. Significa pureza, inocência.

Lilian. Era um nome muito bonito e sorri imaginando Luan o chamando enquanto ela corria sapeca dele. Todos foram a loucura, amaram. Lilian já era muito amada e na mesma hora em que seus pais recebiam atenção e comprimentos - principalmente a barriga de Eduarda -, alguns já colocavam apelidos carinhosos. Fiquei em meu lugar, tirando fotos. Falaria com eles depois, mas senti Luan colocando as mãos sobre minha câmera enquanto eu olhava as fotos. 

- Larga essa câmera. 

- Ta com ciúmes? - Ri e o abracei. - O nome é lindo. Estou muito feliz por vocês. 

-

E o tempo se passou rápido demais. Mais duas semanas se passaram, era feriado e Luan queria comemorar a vinda de Eduarda pra Londrina, pra se preparar pra chegada da bebe. Estávamos de folga, então preparamos um churrasco. Fizemos uma roda de viola e Luan cantava, com alegria. Em certo momento, ele pegou a mão de Eduarda e se declarou, para ela e pra filha. Faltava 5 semanas pro nascimento. Depois, cantou uma nova composição feita pra ela. Era linda, e senti uma pontada de inveja. Queria que ele fizesse uma como aquela pra mim. Mas era ela que ele amava e eu estava conformada com isso. Tudo estava bem, feliz, ela estava radiante e Luan também. Mas ninguém contava com nada parecido com o que aconteceria. Em fração de segundos, vi a vida do meu grande amor toda desabar na minha frente. Eduarda se levantou pra pegar algo e quando estava no segundo degrau da escada, simplesmente se segurou mais forte no corrimão e se apoiou. Ela estava tonta e Bruna gritou seu nome. Todos se assustaram e Luan levantou rápido, jogando seu violão no chão e correndo até ela, mas antes dele conseguir chegar, ela se desequilibrou e caiu, pra trás. Todos seguiram ele e eu parei olhando de longe, com as mãos no rosto. Vi Luan se desesperar e assustado, chorava, chamando ela. Comecei a chora também. 

- Luan! - Gritei. 

Ele me olhou. 

- Leva ela pro hospital! 

Bruna correu e pegou a bolsa que já estava preparada. O pai dele preparou o carro em segundos e ele pegou ela no colo, e colocou no banco. Ele, de dentro do carro chamou por mim, queria que eu o acompanhasse, pra caso ela fosse ter o bebe, filmasse. Ele entrei com a bolsa dela na mão, no banco da frente e seu Amarildo correu rápido pro hospital. Me vi em segundos chorando e pedindo pra ele se acalmar. E quando chegamos, levaram ela e ficamos esperando. Em minutos o medico voltou, dizendo que a placenta tinha descolado, e que precisavam fazer o parto na hora. Luan chorava com o pai dando apoio enquanto eu olhava asustada. 

- Não está na hora. 

- Sabemos, mas é preciso. 

- Ela vai nascer prematura? Não, eu não quero. 

Segurei sua mão e ele apertou firme. 

- Se acalme. Vai dar certo. Quer ver o parto?

- Sim! 

- Quem vai? 

- Nós dois. - Ele levantou nossas mãos pro alto e eu corri pegar minha câmera. Tivemos que nos vestir e quando entramos, eles começavam. 

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