sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Capitulo 4

Aquilo era tão nossa cara. Comer MC no chão da sala, nos lambuzando e depois tomar sorvete. Luan não voltou a tocar no assunto, e quando nos levantamos pra ir dormir, ele me puxou pra um forte abraço e sorri verdadeiramente. 
- Vem aqui. - Me puxou e sentou comigo no sofá. 
- Fale.
- Eu tenho 23 anos e acho que faz 23 anos que te conheço. - Rimos. - E hoje você faz 23. Carol, eu nunca vivi sem você, e acho que se você me deixasse agora, eu não saberia dar um passo. Nunca te disse isso, mas você sempre foi uma das mulheres da minha vida, junto com minha mãe e minha irmã, e agora, minha noiva. Mas você sempre esteve aqui. - Levou minha mão até seus lábios e beijou. - Eu quero que você seja muito feliz sempre, por que se um dia você chorar, vou chorar junto. Quero que nunca desista de nada, por que você é forte minha menina. E bom, te desejo, os mais sinceros parabéns. Feliz aniversario pequena.
Ele me abraçou forte e não segurei as lagrimas com suas palavras. Luan era incrível, e sabia como me destruir. Ele levantou e pegou em sua bolsa uma caixinha. 
- Eu escolhi seu presente com muito carinho esse ano. Eu estava escolhendo e então percebi que nunca tinha te dado uma joia. 
- Luan, não... 
- Não me negue te dar presentes. - Ele botou suas mãos em meus lábios. - Ele era pra ser seu. Não pensei em outra pessoa no momento em quem vi e na duvida, deixei pra comprar outra hora, mas nada mais me pareceu tão ideal e não me saiu do pensamento.
Ele abriu a caixa e nela havia um colar delicado, com um lindo pingente de uma bailarina. Eu dançava os movimentos clássicos e Luan sempre me dizia que era a melhor naquilo, apesar de não acreditar. Ele me olhava sorrindo. 
- Ele... É lindo. 
- Posso? - Ele pegou na mão e me virei, arrumando meu cabelo. 
Luan colocou ao redor de meu pescoço e me virou de volta pra ele. 
- Ele ficou lindo em você. 
- Muito obrigado, eu amei. - Sorri. 
Ele não disse mais nada, e me puxou pro quarto. Logo estávamos dormindo. 


Estava largada na cama do hotel. Respirava aliviada. fazia dois meses desde meu aniversario e enfim tinha acabado a faculdade. O alivio era enorme depois de tanto sufoco conciliando trabalho e os estudos. Tinha acabado de acordar e então bateram na porta. Era Luan, ele tinha dito que viria almoçar.
- Bom dia. 
- Bom dia Lu. 
Pedimos a comida e depois ele me olhou curioso. 
- Sua formatura é quando mesmo?
- Sábado que vem. 
- Eu poderia ir antes do show né? 
- Não. Já conversamos sobre isso. Eu não me importo. - Menti. 
- Eu queria muito. 
- Eu sei que queria. 
- Carol, eu queria te pedir um favor. 
- Peça. 
- Amanhã, Eduarda tem ultra-som. Eu não posso ir, e nem meus pais. Eu queria muito que fosse você que acompanhasse ela. 
Parei surpresa, depositando o talher no prato e olhando pra ele. 
- Eu? 
- Sim, vai ser madrinha, se esqueceu? E eu queria muito que fosse com ela. 
- Ela não vai se importar? 
- Não. Claro que não. É meu direito querer que você vá no meu lugar.
Ainda estava difícil aquilo pra mim. Vê-lo tão feliz, formando uma família, mas eu o amava acima de tudo, e então facilmente eu amava aquela criança. E admirava Eduarda por ter ao lado dela um homem como ele. 
- Eu vou. - Sorri. 
E assim fiz. No dia seguinte, logo cedo parti pra Campo Grande. Peguei um táxi e me dirigi até a casa dela. Iria somente nós duas e então, ao cumprimenta-la, peguei o carro e fui dirigindo enquanto perguntava sobre a criança. Eduarda estava feliz e radiante. Queria saber logo o sexo. Estava de três meses, e se levasse sorte, quem sabe hoje? Quando o medico nos chamou, conversamos primeiro. Tudo aparentemente normal. E então, ao fazer o exame, veio a descoberta: meu amor seria pai de uma menina. Chorei com Eduarda ao receber a noticia. Queria ser a pessoa que contaria pra ele, mas, ela tinha que contar, e quando percebi que devia me colocar no meu lugar, me decepcionei. Mas, como eu esperava, Luan ficou radiante. Ele queria contar pra todos, e assim fez, por que a mídia e as fãs, já sabia que sua vida logo estava completa. Ele passou a cada segundo se envolver mais e mais, me arrastava pra shopping em momentos de descanso entre os show pra encher sua menina de presente. Era um pai presente e noivo preocupado. A cada dia que ele batia no meu quarto depois dos shows, ele passava horas falando de tudo que estava acontecendo, de como ele estava feliz. Eu acabei me aproximando de Eduarda. Virei a "tia" babona de sua filha, e junto com Bruna, paparicávamos a menina mesmo na barriga da mãe. Mas, eu acabava indo mais até ela, por que Bruna fazia faculdade. Luan na verdade era minha família, e quase meu único amigo, então a família dele passou a ser a minha quando meu pais morreram em um acidente de carro, logo depois que passei na faculdade em Londrina e vim morar aqui, á quase 4 anos. Eu seria sozinha no mundo se não fosse por ele e pela sua família. Sei somente que quando vi, estava muito ligada aquela criança, sem querer. Ela era filha de um relacionamento que eu não queria, mas era filha dele, e isso mudava tudo. Acabei me vendo como tia e por alguns meses, me esqueci da condição de melhor amiga apaixonada. 

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