Capitulo 52

Uma semana depois...

Narrado por Carolina. 

- Carol, que bom te ver! - Dona Marizete abriu a porta me abraçado forte e sorrindo.

- É muito bom ver a senhora também. - Sorri.

- Estava tão preocupada, não atendeu nossos telefonemas. - Fomos entrando 

- Eu vim ver a Lilian. Sei que ele está viajando e imaginei que ela viesse pra cá.

- Ela está aqui sim meu amor. - Sentamos no sofá. - Mas Amarildo foi no mercado e levou ela, espere e conversamos um pouco. 

- Mas é claro. 

- Como você está querida? Fiquei tão triste quando fiquei sabendo o que houve com vocês. 

- Ah, eu... To bem. Na verdade melhor do que imaginava. Eu jurei que não choraria por ele como fiz minha vida toda Mari. Eu amo ele, mas me amo também.

- Está certíssima! Onde já se viu do nada dizer que ama outra? Eu disse pro Luan. Vai ser bom pra ele te perder, quem sabe dá um pouco de valor no que fez por ele a vida toda.

- É assim que estou pensando. Dei minha vida por ele, fiz tudo que podia. Agora era com ele. 

- Mas eu espero que não deixe de ver Lili. Ela sente muito a sua falta. 

Meus olhos marejaram e eu sequei. 

- Sabe, eu me magoei tanto com o que aconteceu, que a única coisa que ando sentindo falta é dela. Se eu pudesse, levava ela comigo. 

Ela acariciou meu rosto. 

- Não chore minha querida. 

- Eu sei que agora que eu e Luan... Bom... Eu sei que uma hora ele vai me afastar dela. 

- Luan não vai fazer isso. Até por que seria uma tortura pra ela, e pra você. 

- Nem sei se ele ainda se importa comigo.

- Não é verdade Carol, Luan tem um amor muito grande por você, mesmo que seja como amigo. 

- Mas isso não é suficiente. 

- CHEGAMOS! - Lilian gritou enquanto a porta abria e atras dela aparecia o avô cheio de sacolas.

- Olha ela ai. 

- Mamãe! - Ela veio correndo e sentou no meu colo, me abraçando forte. 

- Eu estava com tantas saudades filha! 

- Eu estava com um tantão assim de saudade! - Fez um gesto com os braços abertos. - Igual aquele homem que papai mostrou pra gente na praia, lembra? 

Ela falava da viagem que acompanhamos o Luan ao Rio e ele nos levou ao Cristo Redentor.

- Eu lembro meu amor. - Ri.

- Como vai Ju? - Seu Amarildo veio me dar um beijo. - Como está meu anjo? -Acariciou minha cabeça. 

- Estou bem. - Sorri meio amarelo. 

- Mesmo? 

- Acho que sim. 

- Nós não queríamos nada disso. 

- Nem eu pra ser bem sincera. Mas ele quis, não é? 

- Bola pra frente. É meu filho, mas... Não é pra você. - Ele riu fazendo careta.

- Não diga isso. - Ri. 

- Pelo menos é o que anda mostrando ué. 

Brinquei com Lili muito naquela manhã. Ela se cansou tanto que depois do almoço, dormiu no meu colo. Coloquei ela na cama e em seguida fui me despedir dos pais de Luan. 

- Eu vou indo. - Cheguei na sala. - Tenho que tirar uma fotos e quero passar em casa ainda. - Sorri.

- Onde está morando querida? - Mari pegou em minha mão. 

Eu hesitei em responder. 

- Não vamos contar pra ele. - Seu Amarildo acrescentou. 

- No meu antigo apartamento. - Sorri. - Mas olha, nem vão conseguir sentir falta de mim, por que eu vou vir aqui todos os dias! - Falei empolgada. - Ou pelo menos os que ele não estiver. - Completei.

- Vai ser bem vinda. - Mari me abraçou.

Me despedi logo e fui pra casa tomar banho e depois pro estúdio. Ia fotografar uma campanha pra uma empresa local. As fotos não demoraram muito, e logo estava deitada na minha cama, cansada.

Narrado por Luan.

Estava parado dentro do avião pensando em que rumo minha vida tomaria agora. Peguei a caixinha no bolso da jaqueta e abri, olhando o anel de noivado que comprei e nossas alianças de compromisso, que ela havia tirado naquele dia. 

- Vai pedir a Carolina em casamento? - Rober ergueu o olho, arregalando. 

- Não. - Fechei e guardei. 

- Mas o que é esse anel gigante ai então.

- Eu ia pedir, mas não vou mais. A gente terminou.

- Terminaram? Mas quando?

- Faz uma semana. 

- Mas você não contou nada! O que aconteceu?

- Estava digerindo tudo. 

- Cara, eu sinto muito. 

- Não, foi eu que terminei. 

- Foi?

- Foi. 

- Mas por que? Parecia tudo tão perfeito.

- Eu... Me apaixonei por outra. 

Ele me olhou sem entender nada e então não respondeu. Também fingi que não estava acontecendo nada. O avião pousou e descemos um São Paulo, a nossa parada até a noite do dia seguinte, antes do show, pra finalizar uma coisa no estúdio. Liguei o celular e havia uma SMS da Malu pedindo pra quando pudesse ligar pra ela. Então procurei seu nome na agenda e disquei. 

- Luan, você sumiu.

- É, eu sei. 

- O que foi?

- Aconteceu umas coisas ai. 

- Não nos falamos desde a festa. Você saiu sem se despedir. 

- Você estava ocupada, não quis atrapalhar. 

- Mas como é bobo. - Rimos. - Olha, onde você está? 

- São Paulo. 

- Noite livre?

- É, acho que sim. - Sorri. 

- Então vamos nos encontrar. Uma baladinha? 

- Não, não to muito afim. Um jantar, pode ser? Assim conversamos melhor. 

- Fechado. 

- Te pego na sua casa as 19:30, pode ser?

- Combinado! 

- Preciso desligar, eu tenho que atender uns fãs aqui agora. 

- Nos vemos a noite. 

Ela desligou e eu sorri, botando o celular no bolso e indo até umas meninas que me aguardavam sorrindo e de braços abertos.

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