Comecei a dirigir com aquilo ainda na minha cabeça. Acelerei e quando vi estava numa estrada saindo da cidade. A imagem de Carolina chorando veio a minha cabeça e com ela a consciência pesou por ter saído daquela forma. Bati com raiva no volante.
- Droga! Eu não podia ter deixado ela sozinha...
Parei o carro e comecei a pensar em tudo. No fundo, eu sabia que aquela inconsciência do problema com Duda nunca sairia de mim. Naquele momento senti o peso dos meus sentimentos, e percebi que o que estava me atrapalhando com Carol era o medo de levar o nosso relacionamento a diante, por que indiretamente todos sabemos que com uma relação longa vem casamento e então filhos. Vi ali que meu medo era ela engravidar. Devia ser tipo um trauma pelo que aconteceu na gestação da Lili. As coisa não iam bem dentro de mim e então tudo fez um sentido muito maior que apenas um medo. Respirei fundo e liguei o carro, dei meia volta na estrada mesmo, estava vazia, e voltei. Dirigi mais devagar agora, pensando no que faria. Talvez continuar levando meu conselho antes do surto, talvez levar um presente. Lembrei que ela sentia muita falta de seu antigo cachorro, que gostava muito do Puff e também Lili pedia com freqüência um cachorrinho. Talvez fosse bom pro momento. Ao invés de ir pra casa, fui pra cidade. Havia um pet shop grande no centro, eu sabia que ele tinha bonitos filhotes, pois já havia ido ali com Carol mas desistimos por que Lili ainda era muito pequena. Agora com quase dois pra completar, estava maior, era uma criança educada e ter ele desde pequena seria bom. Estacionei, peguei um boné e desci. Era um horário ruim, estava vazio. Olhei alguns cachorrinhos, todos muito lindos, mas queria um que ficasse pequeno.
- Posso ajudar?
- Ah sim! - Virei sorrindo e a moça se assustou. - Desculpe.
- Sem problemas senhor.
- Luan! - Estendi a mão.
- O que gostaria?
- Um filhote.
Ela me explicou sobre muitas raças e então decidi por um Labrador Retriever por ser amável com crianças. Comprei e voltei pra casa com ele quietinho no banco do lado do motorista.
- Acho que a Carol vai gostar de você campeão. - Disse quando cheguei e peguei ele no colo, passando a mão em sua cabeça. - Ela vai te amar! - Sorri.
Abri a porta e estava tudo em silencio. Andei devagar procurando ela, mas não encontrei. Subi as escadas com a cachorrinho no mão. Abri a porta do quarto e ela estava deitada.
- Carol? - Ele levantou a cabeça e sentou, limpando o rosto.
- Me desculpa Luan, eu devia ter aceitado o que você tava falando e...
- Tenho um presente pra você!
- Pra mim? - Ela sorriu limpando o rosto.
- É! Quer ver?
- Quero! O que é? - Ela levantou.
Tirei as mãos das costas e levantei ele sorrindo.
- Só que ele ainda não tem um nome, você vai ter que dar um pra ele.
Ela sorriu e depois levantou correndo e pegando ele.
- Luan, é lindo! - Me olhou com o sorriso mais puro. - Eu sempre fui apaixonada por essa raça, uma vizinha tinha um, ele brincava com o Ice.
Ice era o cachorro dela desde a infância.
- Gostou?
- Amei.
Me aproximei dela e lhe dei um selinho, que evoluio para um beijo mais intenso, até o filhote latir.
- Olha, dizem que os donos escolhem cachorros parecidos com a propria personalidade, sabia? - Ela perguntou.
- Como assim? - Ergui a sobrancelha.
- Ele é autoritário.
- Você me acha autoritario?
- Acho. - Ela me olhou fechando um sorriso.
- Eu vou tentar pegar leve. - Ela afirmou. - Escolhe um nome pra ele.
- Ele tem cara de Lord.
- Lord? Gostei. Lord! - Mexi em sua cabeça. - A gente precisa conversar agora, daqui a pouco meus pais trazem a Lilian. Vem!
Puxei sua mão e a sentei ao meu lado na cama. Lord foi colocado no seu colo e se aconchegou.
- Primeiro, desculpa pelo meu surto. Eu não quis falar o que falei no final, é complicado pra mim, entende.
- Eu te entendo. - Ela me olhou seria. - Depois que você foi embora, eu pensei e não ficaria magoada se dissesse que não me quer mais.
- Não, você não entendeu. Eu quero ter filhos com você, só que eu descobri depois que sai daqui que tenho uma espécie de trauma. Lembra que disse que estava inseguro em levar adiante a gente? - Ela afirmou. - Eu acho que não estou preparado pra viver uma gestação novamente e um relacionamento serio trás naturalmente isso, esse foi meu problema.
- Você quer dizer...
- Quero dizer que não estou prepararo pra falar em filhos novamente ainda. Por isso me assustei com a historia. Mas eu acho que... Bom, não acho que devia deixar por isso mesmo. Uma segunda opinião é boa, uma conversa. Vou com você onde for, fazemos exames e eu tenho certeza que deve haver tratamentos, nem tudo é perdido.
Se tiver 12 opiniões eu posto mais... Gostaram? Vocês fazem essa historia. Quem gostou, clica no G+1 ali em baixo e ajuda a fanfic a crescer e tal. Obrigado pelos comentários estou amando! E não se esqueçam, fiquem a vontade pra dar opiniões, dicas, sugestões, criticas construtivas e tudo mais, desde que tenha educação e boas intensões eu aceito de boa e amo viu? Identifiquem-se. Um beijo, espero que gostem, eu volto logo... Grupo para notificações: aqui!
gostei da atitude do Luan, ele não pode deixar ela só por causa disso. Posta mais hoje Ju *--* Isabella
ResponderExcluirposta mais juju, posta hoje hein!!!!
ResponderExcluirluan foi um fofo;;;; posta mais ju !! bjs
ResponderExcluiradorei continua
ResponderExcluirisa
continua Ju!
ResponderExcluirLuan parece que tá ficando abestalhado...
ResponderExcluirtudo o que ele falou agora dá a entender que não quer ter filhos com a Carol, e só falou pra ela procurar outro médico porque sabe que ela não pode ter mesmo.
Ele qnd quer sabe ser um amor!
ResponderExcluircontinua
ResponderExcluirContinua por favor! @Alinebraz_ls
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