Capitulo 72

- Carol, o Luan Santana está aqui na recepção te esperando. - A secretaria disse e tudo ver que ela tentava esconder a empolgação. 

- Manda ele subir Vick.

Ele tinha voltado de viagem a dois dias e me ligou, pra marcamos uma conversa. Mandei ele passar no escritório no meio da tarde e sairíamos. Logo ouvi batidas na porta e finalizei a ultima foto. Estava sozinha no estúdio. 

- Entra! - Passou pela minha porta apreensivo, um Luan mais magro e aparentemente melhor da ultima vez que o vi. 

- Como você está? - Sorri pra ele. 

- Bem melhor. - Ele sentou. 

- Um mês fora me fez bem. - Ele sorriu sentando na cadeira a minha frente.

- No paraíso que você foi, quem não fica?

- Eu estava precisando. - Ele riu. 

- Olha, vou só enviar um e-mail e podemos ir. 

- Tudo bem. 

Finalizei e em cinco minutos estávamos deixando o escritório. Dirigi até uma doceria. 

- Guto vai me matar. - Luan riu sapea quando pegamos todos as coisas que tínhamos pedido. 

- Nada melhor que um doce pra alegrar a vida. - Pisquei. 

- Carolina nunca saudável...

- Nunca. - Rimos. 

Ele deu uma mordida em sua torta e me olhou. 

- Carol, olha... 

- Luan, primeiro tenho que te agradecer por ter deixado a Lilian entrar no meu casamento. Não seria a mesma coisa sem ela.

- Não tem de que Carol.

- E, se você quiser, seu lugar de padrinho vai estar lá. 

- Eu agradeço, mas não. 

- Eu entendo... 

- Era pra estarmos casados. 

- O que?

- Eu comprei um anel, ia te pedir em casamento no dia seguinte aquele que perdi o controle da nossa relação.

- Luan... 

- Deixa eu falar... Me desculpa, de verdade. Nada do que aconteceu era pra acontecer. Eu sou um tolo por ter feito tudo que fiz com você. 

- Foi uma armação, você está desculpado. 

- O que eu puder fazer por você com a Lilian eu faço, pra você recuperar o tempo perdido.

- Eu estou feliz por ter deixado ela ir.

- Olha, eu quero te agradecer, de verdade. Pelo que fez por mim, a vida toda. Você viveu por mim, eu sei bem disso, talvez percebi agora, mas eu sou grato por isso.

- Está tudo bem Luan. 

- E, apesar de tudo, eu quero que você, seja feliz com o Fernando. - Ele não parecia estar sendo sincero, não entendia por que. 

De certa forma, eu conhecia bem ele, e seus olhos o denunciavam sempre.

- Eu também espero que seja feliz Luan. E o coração? - Ri de leve.  

- Bom... - Ele bufou. 

- Foi um choque, não?

- Demais! - Ele passou as mãos pelo cabelo. 

- Ela te marcou. 

- Da pior forma que podia. Mas... Sou inteligente o suficiente pra não sofrer por ela. Estou sofrendo pelas coisas que perdi. O tempo com a minha família, minha filha, distanciamento das minhas fãs e você. 

- Eu espero que fique tudo bem com você no final. 

- Vai ficar. Então estamos certos? 

- Acho que sim! - Sorri. - Eu preciso ir. Quer que eu te leve? 

- Ah, eu quero. - Ele riu. - Vai voltar a trabalhar? 

- Não, eu vou fazer a primeira prova do vestido, últimos ajustes. - Sorri.

- Serio? 

- É sim! 

- Eu posso ir com você?

- Ir comigo?

- É, posso? 

Pensei um pouco, que mal tinha?

- Pode ué, vamos? 

Seguimos em direção ao carro e fomos conversando. Quando chegamos, minha consultora veio até mim, apresentei Luan a ela. 

- Hoje veio acompanhada? - Ela riu. 

- É. Esse é meu amigo, Luan. 

- Prazer Luan, quem não te conhece não é? 

- Claro. - Ele riu. 

- Entrem... 

Entramos com ela numa sala. 

- Ansiosa?

- Demais. - Sorri. 

Narrado por Luan.

Carolina entrou no provador antes que eu me preparasse. Demorou alguns minutos, sentei bem em frente e fiquei esperando. 

- Preparado? - A mulher colocou a cabeça pra fora e sorriu.

- Ah, claro. - Não, eu não estava. 

Ela abriu e Carolina estava de costas olhando num espelho. O primeiro choque foi a cor do vestido. Ele não era branco, e sim champanhe. Eu nunca imaginei Carol casando, quem dirá de champanhe. Ela se virou sorrindo. 

- O que achou? 

Tinha prendido os cabelos num coque mal feito. Eu me levantei, aproximei. O segundo choque foi modelo. Quando me convidei pra ver, imaginei ela dentro de um vestido de baile, bem grande e volumoso, mas, ao contrario disso, ela estava com um bem justo ao corpo, sereia, com gola V e uma cauda pequena, todo bordado. Torneando todas as curtas vantajosas dela, ele valorizava seu corpo. Era lindo, e ela estava deslumbrante. Fiquei olhado, andando em volta dela, sem saber o que dizer. 

- Luan, o que achou, por favor? - Ela disse com medo. 

- Você está maravilhosa Carol. Nunca vi noiva mais linda. 

Olhando pra ela, tive a certeza que tudo que eu tinha sentido na viagem era real. Eu a amava, tinha certeza. Nada faria sentido sem ela. Mas ela estava ali na minha frente, vestida de noiva. 

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