Narrado por Carolina.
Quando abri os olhos, estava num quarto claro e branco. Me mexi e senti uma mão sobre a minha. Era Luan.
- Como você está?
- Bem, eu acho. - Me forcei pra sentar.
- Olha, vou chamar os enfermeiros e a gente vai embora daqui.
- O que aconteceu?
- Vou desmaiou, mas a gente conversa depois.
Narrado por Luan.
O medico veio dar alta, mas antes contou pra ela o motivo. Dei bronca. Disse que no primeiro nervoso, ela iria mesmo passar mal, e o estopim certamente havia sido a internação de Lilian. Ela me olhou com medo, já sabia que ia ficar feio pra ela. Entrou no carro e antes de dar partida, ela disse:
- Desculpa, você vem pra folga e fica no hospital comigo.
- Você sabe que não me importo.
O resto do caminho do caminho foi em silencio. Quando estacionei o carro na garagem, ela tentou sair mas eu não destravei.
- Amor, destrava pra mim?
- Não.
Respirei fundo e olhei pra ela.
- Olha, eu vou ser bem rígido mesmo, não me importo se vai te magoar. Quero que magoe mesmo.
- Luan...
- Escuta Carolina. Vou te dar um aviso, mas só um aviso... - Olhei firme pra ela. - A próxima vez que você for parar em um hospital por que está ansiosa demais, não come por causa dessa gravidez, eu acabo com isso. Você entendeu?
- Luan, me desc...
- Não, não quero saber, nem começa. Estou louco com você, pra não falar merda aqui. Eu dei meu recado.
- Você ta sendo inju...
- Sendo o que? Injusto? Não! Eu viajo, não posso confiar em você pra se cuidar e você quer um bebê? Me passa confiança primeiro Carolina.
Destravei a porta e ela saiu. Bufei e sai atras. Era fim de tarde, mesmo pais ainda estavam em casa. Entrei atras dela, e não vi ninguém. Carolina parou na escada e virando pra mim, disse:
- Luan, só queria que parasse de ser tão ditador! VOCÊ NÃO DECIDI NADA SOZINHO, É MEU FILHO!
- NOSSO! E É CLARO QUE DECIDO, SE FOR PRA SER O MELHOR PRA NÓS!
- Você nunca fica do meu lado, SÓ SABE MANDAR LUAN SANTANA! - Ela saiu correndo escadas acima.
- NÃO ME CHAMA ASSIM CAROLINA! - Olhei pro lado e meus pais e Lilian nos olhavam com atenção.
- O que houve filho?
- Essa menina vai me deixar louco! - Sentei no sofá, respirei fundo. - Vem cá filha, papai tava com saudade. - Chamei.
Ela veio correndo. Apertei ela e beijei. - Desculpa minha princesa.
- Saudades papai.
- Eu sei, estava morrendo. Trouxe um negocio pra você, mas antes, vai lá ficar um pouco com a mamãe vai?
Ela me deu um beijo e saiu.
- Por que essa gritaria Luan? A menina acabou de sair de um hospital! - Meu pai me repreendeu.
- Pai, ela não tem cabeça pra essa historia de tratamento, gravidez não!
- O que houve?
Contei pra eles.
- Entende ela me filho. - Minha mãe disse.
- Eu entendo mãe!
- Entende mesmo?
- Entendo, mas eu não posso deixar ela fazer o que quer.
- Está certo Mari. Mas fica mais ficar do lado dela, não precisava brigar Luan. Ela tem que sentir que você apoia ela.
- E eu quero sentir que posso confiar nela pra levar essa historia adiante. Eu não vou perder outra mulher, não vou.
- Ninguém disse nada disso filho.
- Pai, pensa como é difícil pra mim isso tudo. A Eduarda morreu no parto!
- Não tem nada haver!
- Eu tenho medo. Medo mesmo. - Disse sincero, inconformado, como se ninguém me entendesse. - Por que acha tanto que não queria compromisso com ela antes? Eu não quero reviver tudo, não vou. - Bati a mão no encosto do sofá. - Tenho que entender ela, mas ninguém vê como tudo isso é difícil pra mim.
- Luan, meu filho....
- Chega, eu não quero mais falar disso. Preciso de um banho.
- Acho que vou levar a Lilian pra dormir em casa. Os ânimos aqui estão alterados.
- Melhor pai. Amanhã quando acordar vou pegar ela. Ela não vai na escola por causa da virose, quero ficar com ela.
- Tudo bem. A gente já vai filho. - Minha mãe sorriu e me abraçou.
- Desculpa. E obrigado por tudo.
- Fica tranquilo. Ela me deu um beijo e sorriu. Logo me despedi de Lilian quando fui buscar ela do quarto com Carol e ela foi embora com meus pais. Tomei banho, descansei um pouco na sala mesmo. Carolina estava no quarto deitada e nem virou quando entrei. Quando vi que era mais de 19:30, decidi pegar comida em um restaurante, já que Carolina não se manifestou em cozinhar. Preferi ir até lá e escolher. Era mais de 20:00 quando voltei e arrumei a mesa. Entrei no quarto.
- Carolina, vem jantar. - Ela não respondeu. - Comprei comida pra gente.
Diante da falta de resposta, respirei fundo arrependido, já com dó dela. Aquela mulher era meu ponto fraco, sem duvidas. Caminhei até a cama e engatinhei até ela, abraçando seu corpo e olhando seu rosto de costas pro meu.
- Carol, desculpa. - Ela começou a chorar. - Eu não devia ter falado daquele jeito com você, desculpa meu amor. - Sequei as lagrimas dela.
Ela se virou e me abraçou.
- Idiota.
- Oh, mas eu não retiro o que eu disse. Só tinha que ter dito com mais carinho.
- Desculpa.
- Me desculpa que está tudo certo.
Ela selou meus lábios e levei as mãos pra trás da cabeça dela, iniciando um beijo mais quente.
- Eu te amo. - Falei sorrindo assim que cortei o beijo.
- Te amo. - Ela respondeu.
- Agora vamos jantar. Comprei salada, carne, tem até batata, ta um cheiro maravilhoso. Vamos?
- Vamos. - Ela sorriu e me apertou de novo.
Levantamos e eu levei ela nas costas até a cozinha, rindo. Coloquei o prato pra ela , que comeu tudo enquanto conversávamos, mas eu estava de olho.
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