terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Agradecimentos...

Eu nao posso dizer em palavras atristeza que fica ao terminar essa fanfic. Ela foi escrita com todo os meus mais puros sentimentos. Surgiu de uma ideia tão pequena da amiga apaixonada e sofredora, mas se tornou muito mais que isso: Fanfic Suspiro Santana 5 reuni as maiores provas de amor que se pode ter em uma unica historia. E eu amo ela. Conheci pessoas incriveis ao demorer desses exatos 5 meses, como conheci em todas as outras. E só afirmou a minha relação com pessoas que jáme acompanhavam. Quero agradecer a cada comentario, a cada palavra de carinho que recebi aqui. E também a quem leu do começo ao fim, com o mesmo amor, mas nao se manifestou. A sexta edição já tem blog aqui. Espero encontrar vocês lá. Meu muito obrigado... Termino essa historia com 136,639 vizualizações em 108 capitulos, com 1717 comentarios, uma media de 16 por capitulo, é MUITO! Mas nem é isso que me move, o que me move é o carinho de vocês, apenas. Novamente, meu muito obrigado.

Juliana Germano

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Capitulo 108

Vinte e cinco anos depois... 

- Amor, você tem certeza que é esse o voo dela? 
- Claro que tenho Carol, é o único que vem da Inglaterra hoje... - Luan me abraçou e apertou meu corpo. - Se acalme, ela está chegando... 
- Sai todos menos ela. 
Luan riu. 
- Tem certeza?
Olhei pra frente e Lilian nos olhava sorrindo com o pequeno no colo. Ela andou mais rapido e veio ao nosso encontro. Me abraçou forte e apertado enquanto seu marido comprimentava Luan e o avô babão já pegava Harry ao colo. Não tivemos filhos meninos, então Luan se aproveitava do neto. Logo trocamos e a vez de paparicar o menino foi minha.
- Bea está toda agitada, queria que você chegasse logo. - Comentei enquanto andavamos em direção ao carro. 
- Estou com tantas saudades! 
Lilian, com seus 31 anos, estava casada com George, um grande economista britânico e tinha o Harry, de dois anos. Ela morava na Inglaterra a 10 anos, quando conseguiu uma vaga na maior escola de ballet do mundo, a Royal Academy Of Dance. Ela dançava até hoje, como na infância eu ensinei. Era uma bailarina respeitada, fazia parte das grandes apresentações internacionais e era considerada uma das melhores. Mas hoje, a estrela seria outra. Beatriz se casaria no dia seguinte, no mesmo local em São Paulo onde me casei com Luan. Luan e George colocaram as malas no carro enquanto conversava com minha filha. Fazia tempo que não via ela, estava com saudade. Ligamos o radio no caminho até nossa casa, então começou a tocar uma musica. 
- A voz dela é linda. - George comentou com o sotaque inglês.
- Papai deve morrer de orgulho! - Lili riu botando a mão no ombro de Luan. 
Era Beatriz. Nossa pequena tinha 25 anos e resolveu seguir os passos do pai. Era cantora sertaneja solo, e eleita uma das vozes mais bonitas do Brasil. Seu noivo era Eduardo, representando de Luan como empresário dela. Luan era seu empresário, mas quase nunca estava com ela. Ele ainda cantava, mais tinha uma carreira mais estável. Fazia alguns shows, mas queria ficar mais tempo em casa, e viajando. Ela era como o pai, e isso lhe dava um orgulho imenso, como tinha de Lilian. Eu fotografava ainda, mas só registrava nossos momento. Eu e Luan estavamos enferrujados, cinquenta anos nas costas não era pouco. No casamento no outro dias, Bea nos emocionou, a todos sem excessão. Os pais de Luan já estava velhinhos, cabelos brancos, mas uniam toda a família. Bruna já tinha dado a nosso filhos, primos quase da mesma idade de Bea. E eu e Luan, bom, eramos muito felizes, como nunca imaginei que um dia pudesse ser. Eu poderia ir a lua se ele estivesse comigo. Nosso casamento era perfeito, e não tinha essa de brigas pra dar certo. Eu e Luan nos encaixávamos tão perfeitamente que o mundo todo não fazia mais sentido, tinha uma sintonia perfeita que só aumento com o tempo, e ateibuo isso tudo a  ideia de que todas as dificuladades que passamos juntos, só nos fortaleceu. Depois do casamento olhavamos nossas filhas juntas de um canto da festa, abraçados. Luan estava pensativo. Acariciei seu rosto e selei seus lábios.
- O que foi?
Ele deu um sorriso lindo. 
- Estou feliz.
- Nossas filhas cresceram.
- Muito. 
- Eu as amo tanto Luan. - Abracei ele. 
- Lili nos uniu, e Bea nos deu força. 
- Não sei o que seria de mim se você não tivesse aparecido na minha vida. - Olhei em seus olhos. 
- E muito menos eu sei o que seria de mim. Eu poderia ter sido feliz, mas do que adianta a felicidade se não fosse com você? 
- Você foi o único homem que amei de verdade minha vida inteira. 
- Você não foi a única mulher da minha vida. 
- Lilian nasceu de um grande amor, não se pode negar. 
Luan riu. 
- Pode ter nascido de um grande amor, mas não do maior amor. O único amor verdadeiro que conheci foi o seu, mas ainda sim, não é a única mulher da minha vida. - Ele beijou meu rosto enquanto nos abraçávamos. 
- Eu não quero ouvir. - Ri tapando os ouvidos. 
- Ciúmes das suas filhas meu amor? 
Olhei feio pra ele e caímos na risada. 
- Ah, tem minha mãe! 
- Não tenho ciúmes dela... É minha mãe também. 
- Ah... Bruna?
- Minha irmã. Você não vai conseguir. 
- Minhas fãs! 
- Sou uma delas amor. 
- Você ta em todas hein? - Ele riu.
Olhei pra ela de um forma intenso. 
- É verdade, estou em todas. Mas por que nasci pra ser sua Luan. Nasci pra viver por você.
- Você nasceu pra me fazer ser quem sou. 
- E quem você é?
- O homem que mais ama nesse mundo.
E assim, ele me deu um beijo intenso, carinhoso e intenso. Luan era a minha eternidade e eu a sua maior de todas as verdades. 

Fim!

domingo, 22 de dezembro de 2013

Capitulo 107

Algum tempo depois...

- Luan, Luan! - Gritei no meio da noite.
- Oi. - Ele levantou assustado e se dobrou em minha direção. 
- Luan, vai nascer! 
- Serio? - Ele arregalou o olho. 
- Luan, pega as coisa! - Ele saiu voando e demorou uma vida. A dor forte se transformou em nada e logo percebi que era alarme falso. 
- Amor, vem, vou te ajudar a levantar. 
- Amor, alarme falso.
- Poxa amor, é a terceira vez na semana...
- Eu não tenho ideia do que é dar a luz Luan! - Ri.
Ele riu, me abraçou e depois deitou de volta, fazendo carinho em mim e logo voltando a dormir. Eu e ele estávamos dormindo no quarto de hospedes do primeiro andar, já que fiquei tão gorda que minha barriga me incomodava pra subir. Quando reclamei pela primeira vez, Luan fez a mudança na hora, mais por medo que pela minha dor, com certeza. Lilian estava na casa da avó fazia dois dias, e Luan estava de ferias, por três meses. Beatriz nasceria a qualquer momento e estávamos a todo vapor. Consegui dormir com dificuldade, e naquela tarde, tive contrações muito fortes e fui levada ao hospital. Mas, quando o medico me examinou, disse que ainda não era hora. Decidimos esperar lá, e assim foi por dois dias. Dois dias de dores, contrações a inúmeros alarmes falsos. Estava no quarto, Luan tinha saído pra comer, ele ficou o tempo todo comigo, e era nítido seu cansaço. Apesar de insistir, ele não quis ir embora. Minha dilatação havia aumentado, mas ainda não era a ideal e os médicos decidiram esperar mais. Comecei a sentir dores fortes, e quando Luan chegou estava deitada, com os olhos fechados e com cara de dor.
- As dores voltaram? - Ele botou a mão sobre meu rosto.
- Sim, eu não aguento mais, faz dois dias que estamos aqui! - Estava ficando nervosa, irritada, pra não dizer desesperada.
- Se acalme. - Ele pegou minha mão. - Até amanhã isso acaba e ela vai estar com a gente.
Se minha bolsa não rompesse, eles fariam uma cesária.
- Até amanhã é muito tempo meu Deus... - Deixei uma lagrima cair.
- Está chorando?
- Estou com muita dor.
- Eu vou chamar uma enfermeira, se acalme!
Ele voltou com uma moça que já havia passado pelo quarto. Ela perguntou se eu não queria mais esperar.
- Hoje completa 41 semanas, eu estou assustada, esgotada. - Disse.
- Vou te examinar.
Ela fez o exame, disse que achava que devia esperar mais, que em algumas horas eu entraria em trabalho de parto. E então esperei, quase morrendo. Estava realmente assustada, e ficava cada vez mais quando via o Luan andando de um lado pro outro sem parar. Quando conseguir dormir, Luan também descansou na cadeira do lado da cama. Mas acordei no meio da noite com dores insuportáveis e senti um liquido me molhar. Comecei a chamar Luan baixo, chorando de dor. Ele não demorou a acordar, apesar de dormindo, estava atento. A enfermeira do chamada e um alvoroço virou meu quarto. Quando vi, estava em outra sala, com Luan ao meu lado segurando minha mão. A dora estava cada vez pior e só ouvi pedidos para que fizesse força, e foi isso que fiz sem pensa, incessantemente até  ouvir um choro e um alivio me tomou. Comecei a chorar e Luan soltou minha mão. Vi ele ao meu lado, comum pacote nos braços, ele começou a rir, podia ouvir sua voz.
- Amor, ela se parece com você. - Ele riu e abaixou, colocando em meu colo de leve. 
Quando vi seu rosto, me senti abençoada. Ela era linda, minha princesa. 
- Bem vinda meu amor. - Beijei sua testa. 
Não percebi muitas coisas, só sei que tiramos uma foto, na qual eu e Luan saímos chorando. Nossas vidas haviam ganhado uma nova importância. Ao lado de Lilian, Beatriz tornaria nossa vida mais colorida.

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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Capitulo 106

Na maioria das vezes, com 3 meses já é possível ver o sexo, dependendo do desenvolvimento do bebe. No meu ultimo exame a medica me disse que ele estava bem grandinho e que no próximo ultra som já era provável que conseguíssemos. Luan foi comigo, ali em São Paulo mesmo, e levaríamos pro medico em Campo Grande, que estava me acompanhando e faria o parto. Já estaríamos morando lá, então era a melhor coisa a se fazer. Luan e eu já resolvido tudo. Ele nasceria de parto normal, o que me deixava um pouco assustada. Quando fomos chamadas, conversamos muito com a medica e depois fomos fazer o exame. Ela passou o gel e ficamos olhando. Ela nos mostrou a cabeça, as pernas e por fim disse: 
- Querem saber o sexo né? - Luan me olhou, sorriu e apertou minha mão. 
- Sim. - Respondi. 
- Vocês tem uma menininha, não é? 
- Sim, nossa pequena. - Luan sorriu. 
- Então terão uma dupla e tanto. - Ela olhou sorrindo. - É uma menina. 
Luan me olhou surpreso e depois abriu um sorriso. Me deu um selinho e senti lagrimas molharem seus olhos, assim que fizeram com os meus. 
- Uma menina meu amor. - Ri acariciando o rosto dele. 
- Eu to ferrado, meu Deus. - Riu e causou a mesma coisa em nós. 
- Três mulheres Luan! - A medica comentou. - Coitado de você. 
- Vão fazer o que quiserem de mim. - Ele riu secando as lagrimas. 
- Mas é mesmo. - A medica riu. - Sempre assim. 
- Duas já pintam e bordam comigo, imagina 3? - Rimos muito. 
Depois de mais algumas coisas, saímos de lá nas nuvens. Luan, todo feliz, no taxi, ligou pra toda a família. Eu avistei um MC e me deu uma vontade enorme de comer. 
- Amor... - Ele falava com a mãe. 
- Oi. 
- Eu quero. - Apontei. 
- Ah não Carol. 
- Ah, por favor!
- Ontem você já comeu um monte de porcaria na premiação. 
- Amor, sua filha vai nascer com cara de Big Mac, não reclama. 
- Ai meu Deus. - Ele bufou me olhando torto e pediu pediu pra mãe esperar. - Senhor, pode nos deixar aqui mesmo, por favor?
Comemorei e ele continuou me olhando feio, mas quando paramos, ele pagou e desligou o telefone, me deu a mão e começou a rir. 
- Você gosta né?
- Do que? 
- Se a aproveitar da nossa filha pra ficar comendo igual uma louca. Não acha feio não? 
Comecei a rir. Entramos, pedimos e sentamos. Luan ficou ao meu lado e depois ficou conversando com minha barriga. 

Voltamos pra Londrina aquele dia mesmo e quado chegamos na casa da Mari, Lili estava toda feliz brincando com o Lord. Eles fizeram a maior festa com a gente, e logo depois contamos pra eles que era uma menina. Os avôs piraram e a irmãzinha ficou toda feliz bos abraçando, beijando minha barriga. Ela estava muito ansiosa aguardando o nascimento do bebe. Eu e Luan contávamos tudo, explicando cada detalhe das coisas. Dois meses depois nos mudamos pra Campo Grande. A casa já tinha um quarto pra nossa bebe e eu havia decorado com a Mari tudo antes de nos mudar. Estávamos em casa depois de um dia turbulento quando Luan comentou sobre o nome da nossa filha. Lili estava dormindo no quarto ao lado. Luan passava a mão sobre minha barriga e dizia coisas bonitas, depois disse que o bebe nos traria paz e muito felicidade, pra brindar a nossa nova vida juntos. E foi assim, juntos, que decidimos o nome da nossa próxima princesa: Beatriz. 

Estava em casa, deitada com algumas tonturas quando Lili entrou correndo pela porta. Luan tinha ido buscar ela na escola. 
- Oi meu amor. - Ela me deu um beijo. 
- Mamãe, abre pra mim? - Levantou um envelope bem lacrado pra mim.
- O que é isso?
- Um amigo me deu mamãe.
- Cadê seu pai? 
- Ele entrou, e depois saiu correndo dizendo que voltava rápido. Disse que ia na vó por que esqueceu de levar um negocio do serviço pro vô. Abre antes que ele chegue mamãe!
Olhei desconfiada pra ela e abri o envelope. Era uma cartinha de amor. Comecei a rir igual uma doida, ela pegou da minhã mão e quando ia sair correndo, trombou com Luan na porta e entrou de volta igual um furação escondendo a carta nas costas. 
- Carol, o que foi?
- Luan... - Disse sem folego e ele olhou pra Lili. Ela estava com uma cara que denunciava.
- O que foi mocinha? 
- Luan, ela ganhou... 
Ele olhou e andou até ela, puxando o papel da mão da pequena. Ela saiu correndo e ele leu.
- Carolina, o que é isso?
- Uma carta de amor!
- Ela tem 6 anos!
- Luan, é coisa de criança... - Disse rindo.
- Qual a graça? Para de rir. 
- Luan, não faz isso...
- LILIAN!
- Luan! - Sai atras dele que já estava desesperado atras da menina.
Cheguei no quarto e ele tirava ela de debaixo da cama.
- Filha, vem cá! - Ela agachou e puxou ela. Abraçou.
- Quem é filha?
- É meu namorado papai.
Comecei a rir e ele me olhou feio, então voltei a postura normal me segurando pra não sair som.
- Não filha! Namorar não, é só amigo ta? 
- Desculpa...
- Ta tudo bem ué. 
Esperei acabar a confusão e fui conversar com ela como amiga. Eu não queria que ela ficasse traumatizada e nunca mais contasse nada pra nós. Depois do almoço conversei com Luan sobre a situação hilaria, mas pelo que entendi, nossas filhas iam sofrer na mão do pai coruja.

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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Capitulo 105

- Bom dia meu amor! - Acordei me espreguiçando e passando a mão na barriga pequenininha de três meses. - Foi uma noite agitada né? Papai ganhou um prêmio meu anjo. - Eu sabia que era importante conversar com a barriga.
Luan não estava na cama e ela estava toda bagunçada. Sentei devagar, vasculhando indícios de Luan pelo quarto de hotel. Desde que descobri da gravidez, tudo mudou. Luan queria parar e passar pelo menos um tempo com a gente em casa, eu e Lilian ficaríamos radiantes, mas isso não era justo e depois de muitas discussões decidimos que até onde eu pudesse, até onde fosse saudável pra mim e pro nosso bebe, enquanto isso, Lili ficaria com os avós. Estávamos na preparação pra chegada do bebe e sentamos pra conversar. Decidimos que se mudaríamos, pra assim ficar ali até a criança e a Lili crescer. Pensamos muito antes, nada poderia sair errado e ter que mudar de cidade depois e bagunçar a vida dos pequenos mais que já era. Luan queria que eu pudesse morar onde estivesse segura pra ficar sozinha e levasse uma vida tranquila com as crianças e ele. Decidimos voltar a Campo Grande, onde nascemos e fomos criados. Os dois tinha vontade de voltar e não houve lugar melhor. Os pais deles iriam com a gente, só Bruna que não. Ela estava fazendo novela e então seguiria sua vida no Sudeste. Seu Amarildo estava vendo duas casas pra gente na cidade e logo ficaria tudo certo e poderíamos nos mudar antes do beber nascer. Luan e eu estávamos aproveitando muito a gravidez, ao lado da pequena Lilian e do nosso cachorrinho Lord, que eles me deu a tempos e agora, depois de uma temporada na casa dos pais dele, voltou pra nossa. Levantei e me arrumei. Estava com fome, decidi ir até o restaurante pra comer, mas lá encontrei Luan cercado por algumas câmeras dando entrevista. Sentei na mesa mais próxima que consegui e fiquei observando. Ele falava coisas normais até ela perguntar se havia diferença da gravidez de Lilian pra atual. Ele pensou e me emocionou ao responder. 
- Sim, tem. Eu amava Eduarda, mas nossa relação era turbulenta. E trabalhava muito mais também, quase não via ela. Eu não aproveitei a gravidez de Lilian. Agora com Carol é diferente. Estamos no nosso melhor momento, na maior sintonia, e ainda somos muito amigos além de casados. Ela entra na minha vida e ela desejava tanto essa gravidez, assim como eu, que ela me faz se sentir gravido com ela. Estou vivendo cada segundo com ela nessa fase, e isso é magico. Essa situação me contagia. Eu desejava viver isso com a gravidez de Eduarda, mas eu não consegui, agora estou vivendo. Lilian é a coisa mais importante da minha vida, e agora tem mais uma pessoa pra amar como amo ela, e ainda tem seis meses pra viver tudo isso. 
Deixei lagrimas cair e Luan me viu, olhando sorrindo. 
- E o sexo? 
- Vamos saber hoje! - Ele sorriu. 
Quando acabou a entrevista ele veio até mim e tomamos café. 
- Luan, muito bonito o que disse. 
- Bom, é... Você sabe, eu fui sincero.
- Eu sei. 
- Estou ansioso pra saber o sexo hoje. 
- Eu sinto que teremos um menino. 
- Eu também sinto. - Ele sorriu e pegou minha mão por cima da mesa. 
Naquela manhã, deitamos um pouco antes de voltar a Londrina e ir ao medico. O bebe estava agitado, não parava de se mexer, então ele  cantou pra mim conseguir dormir, antes de amoçarmos e pegar voo. Quando ele cantava, nosso bebe se acalmava.

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domingo, 15 de dezembro de 2013

Capitulo 104

- É serio? - Meus olhos brilharam. 
- Muito. - Ela secou as lagrimas. - Eu te amo tanto. 
Puxei Carol pra um abraço apertado e forte. 
Em seguida, dei um beijo nela. E me afastei, se aproximando da sua bariga, fazendo carinho e beijando. 
- Nossa bebe amor. - Ela me acariciava enquanto falava. 
Olhei pra ela com os olhos cheios de lagrimas. 
- Você não tem noção de como estou feliz e realizado. Eu... Não sei nem o que dizer. 
- Espera! - Ela se levando correndo e procurou na mala algo, que logo descobri ser sua maquina.  Ela apoio sobre a mesa, e disse: 
- Vai bater! 
Chegou pra me abraçar, mas puxei ela pra um beijo e botei a mão sobre seu ventre. E a foto saiu assim. A gente ficou um tempo conversando. Ela estava eufórica, feliz e eu não ficava atrás. Ela dormiu logo, estava cansada, mantendo os olhos fechados como uma tortura. Eu não dormi. Minha cabeça começou a compor sozinha, rimas atrás de rimas. Fui descansar quase 4 da manhã e no dia seguinte acordei cedo com as mulheres agitadas. Disse a ela pra irem fazer compras, voltarem na hora do almoço que eu ficaria dormindo e depois do almoço iríamos pegar estrada em direção a Miami e aproveitar a praia. E assim fizemos. Aproveitamos aquela viagem como nenhuma outra, em sintonia total. Estávamos encantados, felizes. Quando contamos a Lili ela surtou. Amou a ideia, queria entrar no mar com a Carol pro irmãozinho sentir a água. Preferi ficar na areia, olhando minhas mulheres. Eu fiquei vendo elas se divertindo, percebi que nada no mundo poderia me fazer tão feliz. Não faria! Eu tinha a minha família e estava realizado. Eu não tinha mais medo, não havia mais receio, era só alegria. Agora era só esperar o bebe e curtir aquela gravidez. 

Narrado por Carolina.

Eu não cabia em mim de felicidade quando pousamos no Brasil. Os pais de Luan nos esperavam e ainda não sabiam. E eu estava morrendo de fome. 
Matamos a saudade, abraçamos eles. 
- Olha, eu estou morrendo de fome! Preciso achar uma lanchonete. - Disse.
- Carol, espera! Podemos pedir uma pizza no hotel. - Mari sugeriu. 
- Mas eu... 
- Mãe deixa ela. - Ele sorriu. - Ela precisa se alimentar. 
- Bom, tudo bem. Mas onde você vai comer? 
- Tem alguma coisa aqui? 
Seu Amarildo achou pra mim uma cafeteria dentro do aeroporto mesmo e eu fui pedir uma lanche quando Luan me sugeriu que comece algo saudável, tipo um sanduíche natural.
- Mas... 
- Você vai precisar mudar a alimentação, vamos começar já.
- Amor... 
- Não vai dar porcarias pro nosso filho Carol... - Sua família estava na mesa bos esperando. 
- Tudo bem. - Pedi o lanche que ele sugeriu. - Quando vai contar? 
- Hoje! 
Voltamos pra mesa e eu comi. Ninguém mais quis e fomos pro hotel, lá pediram pizza e os pais de Luan estranharam quando comi dois pedaços depois do lanche que já tinha comido. 
- Nossa, ta comendo muito Carol. - Seu Amarildo comentou. 
- Eu estou com fome!
Luan riu baixo, meio que piada interna. Estávamos sentados os quatro na mesa, Lili tinha dormido. 
- Vai engordar! - Mari riu brincando.
- Mas ela vai mesmo. - Luan disse serio e me olhou com os olhinhos brilhantes. 
- O que? - Mari disse. 
- E dormir também. - Luan continuou. - Chorar mais do que o normal. Vamos precisar de paciência! - Ele me olhava encantado. - Ansiosa, irritada. To até vendo as crises de insegurança ou o mal estar frequente. 
- Não me diga que... 
- Eu to gravida. - Sorri, já derramando uma lagrima. 
Foi uma euforia só, abraços, beijos e até lagrimas. Eles ficaram imensamente felizes e assim foi, de membro de família em membro de família, um a um e logo em seguida pro Brasil todo. Nosso filho se tornou manchete. Fui até o medico, ele me assegurou que estava tudo bem com a gente, e nos tranquilizou. Conversei com ele sobre tudo. Tirar as duvidas era importante pra poder curtir cada segundo dessa minha melhor fase. Agora teria dois filhos e ainda realizaria meu sonho, ao lado do meu grande amor. 

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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Capitulo 103

E assim passou toda a viagem. No final, no programamos pra passar 3 dias em Miami, na praia, e depois de um dia cansativo de parque, fomos comer e no meio do jantar Carolina começou a dizer que não estava se sentindo bem. Me preocupei, claro, mas ela disse que seria cansaço e prometi que logo estaríamos no hotel. Meu pensamento se certificou de pensar na alimentação, mas descartei por que fiquei de olho e vi que ela estava se alimentando. Mas, quando chegamos ao hotel, Carolina se encorou na cama, sentou e eu me assustei. 
- Carolina! - Andei até ela chamando e quando menos esperava, ela caiu deitada sobre a cama. Comecei a chacoalhar, assustado. - Acorda!
- Pai! - Lilian ficou assustada e começou a chorar.
- Calma, pega o telefone... - Ela pegou o telefone e discou o 1, como mandei. - Repete o que eu mandar, tudo bem?
Primeiro pedi uma pessoa que falasse minha língua, mas não tinha então pedi pra ela repetir as palavras que lembrei Carolina dizer pra decorar caso tivesse uma emergência. Eu não entendi muito, mas falava alguma coisa de medico. Logo uma pessoa veio, e meu desespero aumentava quando Carolina não respondia. Encaminharam a gente pro hospital, mas eu acompanhei atras com Lilian. Lá, depois que levaram ela, pedi na recepção alguém que falasse português. O rapais entrou e voltou dizendo que estavam fazendo exames e que quando tivesse noticia, avisaria. Sentei no sofá com Lili e ali fiquei quase uma hora, até ver o homem vindo em minha direção.
- Ela está de alta.
- Alta? Mas como assim? Ela desmaiou!
- Calma, ela está vindo ai. Ela mesma irá contar. Se acalme. 
Ele se despediu e agradeci. Fiquei esperando Carolina por quase 20 minutos. Estava andando de um lugar pro outro, que nem um louco quando vi ela caminhando pra fora do corredor com um sorriso enorme no rosto. Levantei e caminhei até ela e abracei forte. 
- Que susto.
- Eu to bem meu amor.
- O que foi? O que houve?
- Vamos pro hotel, amanhã saímos cedo. Lá a gente conversa. 
- Não é nada grave?
- Não meu amor. - Ela acariciou meu rosto e depois abraçou Lili.
Fomos pro hotel e botamos a pequena na cama. Carol se sentou na beirada e me chamou com os dedos. 
- Diga meu amor, o que aconteceu? Fiquei tão preocupado. - Peguei sua mão e levei ao meu rosto. Ela acariciou devagar com um sorriso no rosto e depois deixou seus olhos molharem.
- Amor, Deus não falha não é?
- Nunca. 
- Hoje, ele me mostrou que tem coisas que são pra acontecer no momento certo, da forma certa. E se for num passe de magica, melhor ainda, não é?
- É claro Carol. Mas por que?
- Por que ele acaba nos dar um presente.
- Presente?
- Luan, nosso tão esperado bebe meu amor.
Eu levei um susto tão grande que certamente minha cor passou por todas a tonalidades e meu raciocínio abaixou. Demorei alguns minutos pra compreender.
- Você...
- Estou gravida meu amor. 
Ela sorriu e passou a mão pelo seu ventre. E eu, fiquei sem saber como agir. Tentando botar minha cabeça no lugar, cair a ficha e enfim comemorar essa nossa vitoria, e que vitoria.

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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Capitulo 102

Fiquei arrependido de pegar tão pesado com ela e voltei. Eu a entendia, mesmo. Mas ela não estava com cabeça pra isso. Tentei conversar com ela, mas ela recuou. Quando ela ia sair no outro no horário que eu sabia que ela ia até a clinica pro tratamento, eu não deixei. Ela bateu o pé alguns dias, mas acabou cedendo e a gente conversou. Ela, diante de não ter opção, acabou aceitando minha imposição, mas eu sabia que ela havia ficado extremamente magoada. Contei pra ela da viagem pra ver se animava, e realmente animou, mas  daquele jeito. O tempo passou rápido demais, e quando vi estávamos embarcando pra Disney. Fizemos uma viagem tranquila, a não ser pela impaciência de Lilian. Carolina já conhecia os parques, estava animada. Quando pisamos em Orlando, eu recomendei que fôssemos descansar, mas Lilian reclamou de fome e tivemos que procurar um lugar pra comer. Fui até uma locadora de carros que tinha ali perto do aeroporto e aluguei um. Voltei pra pegar as meninas e procuramos uma aeroporto. Lilian não gostava da comida norte-americana, e nem Carolina, então paramos num MC. Comemos ali mesmo e quando chegamos no hotel, Lilian estava quase dormindo no carro. Logo estavamos dentro do quarto. Pedimos pra ser dois, um pra Lilian e um pra nós. Eles tinham uma ligação, por uma porta, que ficaria aberta só de dia. De noite, não. Demos banho nela e colocamos pra dormir. Fechamos a porta e eu e Carol resolvemos tomar juntos. Nos amamos e depois dormimos abraçados. No dia seguinte iríamos a um parque aquático. Foi muito bom, nos divertimos muito e acabamos cansados. Lilian estava amando, se jogava com tudo. Ela sabia nadar, mas mesmo assim ficamos de olho. Carol falava inglês, era nossa salvação. Fomos pro hotel, tomamos banho e levei elas pra um restaurante brasileiro e ao shopping. Carolina estava louca pra fazer compras. Então compramos muito, eu escolhi muitas coisas e compramos pra Lilian. Decidimos levar as coisas ao carro e depois tomar sorvete e assim fizemos. Na fila, estava ao lado de Carol, segurando a mão de minha pequena quando percebi Carolina olhar pra um casal a nossa frente. Eu não havia percebido eles até então. Os dois levavam um bebe de colo e brincavam com ele. Respirei fundo e me aproximei, beijando seu pescoço e a abraçando por um momento soltando das mãos de Lili. Ela recuou, fechando o pescoço, dessa forma me empurrando. Cheguei mais perto e  segurei seu rosto, dei um beijo em sua bochecha e sussurrei em seu ouvido.
- Você nunca vai me perdoar por isso não é? 
- Não me conformo.
- Não é hora Carolina. 
- Nunca é hora pra você me entender. 
Ela pediu o seu sorvete, e pegou. 
- Vou esperar no carro. 
Disse isso e saiu, me deixando com Lilian. Pedi o dela e não quis mais. Perdi a vontade. Ela comeu devagar sentada na mesa e falando sobre como estava sendo incrível viajar com os pais pra um lugar tão legal. Eu respondia com meias palavras, estava com a cabeça em outro lugar. Eu a entendia, mas não podia deixar as coisas como ela queriam. Quando Lili acabou, voltei com ela pro carro. Carolina foi o tempo todo em silencio e quando chegamos, deitou e dormiu. Coloquei Lili na cama e deixei a porta aberta. Fui dormir também. No dia seguinte, acordei antes delas. Estava me sentindo mal por causa da Carol e decidi que acordaria ela com beijinhos. E assim fiz. Primeiro ela ficou com cócegas e depois me abraçou.
- Me desculpa princesa. 
- Ta tudo bem Lu. 
- Vamos passear vamos?
- Tem que dar café pra Lilian...
- Podemos passar em um lugar, mas vamos! Levanta menina...
Ela levantou, foi tomar banho e eu acordei Lili, depois fui tomar e ela fico com a Carol. Quando sai elas estavam tomadas banho e prontas. Logo saimos e passamos no Starbucks pra tomar café. Iriamos a um dos parques da Universal, e então se divertimos muito. Era muitos simuladores, e paradas dos desenhos animados, como os Minions e o Bob Esponja. Fui incrivel. Tiramos muitas fotos e quando vimos o dia havia acabado. Acabamos em mais um restaurante brasileiro e depois fomos descansar. No dia seguinte, fomos a um parque que fica longe de Orlando, em Tampa. Ele tinha muitas montanhas russas e muitos animais. Lilian ficou louca e eu e Carol também. Era incrivel ver os animais de perto e dar alimento para cangurus. 

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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Capitulo 101

Depois do problema com a alimentação, pensei em colocar uma empregada em casa, porém resolvi que daria credito pra Carolina mais uma vez. Quando estava de passagem em São Paulo resolvi que resolveria as coisas da viagem que havia prometido a Lilian, pra Disney. Tiraria ferias em outubro, e então iríamos os três. Resolvi tudo, comprei passagens, reservei hotel e os ingressos do parque. Marquei a data pro inicio de novembro por conta de imprevistos marcados naquela semana. Ficaria 15 dias, dali 3 meses. Passado um mês do incidente com Carolina, voltei pra casa preocupado. Carolina havia me ligado dizendo que novamente havia feito um teste e nada. Ela chorava muito e aquilo já estava me preocupando. Liguei pra uma psicóloga que algumas vezes me ajudou em algumas questões, queria entender por que ela se sentia tão sufocada. Ela me explicou que não saberia dizer ao certo sem conversar com a Carolina, mas poderia ser por que tinha perdido os pais muito jovem. Se sentia sozinha. Ou também por inconscientemente se comparar a minha antiga noiva, por que ela me deu Lilian e Carol não conseguia engravidar. Conversei muito com ela, que me aconselhou a não deixar isso mais pesar pra Carol. Ela tinha cabeça fraca e isso poderia gerar grandes problemas. Decidi por um fim ao problema, ela querendo ou não. Não podia mais continuar assim, e eu e ela estávamos ficado magoados com isso tudo. Nosso casamento poderia trincar por isso e eu não deixaria. Quando cheguei em casa a encontrei deitada na cama chorando. Lilian estava na escola.
- Carol. - Abracei ela forte, aninhando. 
- Por que só acontece com a gente? - Ela chorava. - Me desculpa. - Abraçou meu pescoço.
- Carol, ta tudo bem meu amor. Não acontece só com a gente. Não fica mais nervosa dessa forma quando eu não estou em casa, você assusta a Lilian. 
- Passou. - Ela ainda me apertava. 
- Olha pra mim. - Não virou. - Carol, eu to falando serio, olha pra mim que eu quero falar com você agora. 
Ela se virou e eu respirei fundo vendo a tristeza em seus olhos e sequei suas lagrimas. 
- Amor, nós vamos parar. Não vamos mais tentar nada. 
Ela parou e depois sua expressão pra mim ficou feia.
- Quem decidiu isso? 
- Eu decidi. 
- Você não pode decidir por mim. 
- Posso. 
- Por que já tem um filho.
- A Lilian é sua filha também! - Disse inconformado. 
- Mas eu quero engravidar Luan! 
- Carolina, não dificulta nada.
- Você não entende por que não é com VOCÊ! - Ela se levantou e começou a gritar, me culpando. 
Abaixei a cabeça, pedindo a Deus paciência pra não perder a cabeça e magoa-la.
- É claro que é comigo também Carolina. Se você não sabe, esse filho que estamos tentando ter, é nosso. É claro que eu te entendo.
- LUAN! - Ela voltou a chorar. - Você não pode fazer isso comigo! 
- Eu posso. - Levantei. - Eu não queria te impor isso Carol, mas eu posso e eu vou. - Disse virando serio pra ela. 
- Você é EGOÍSTA! 
- Para com isso... - Respirei fundo. 
- NÃO LUAN! 
- Olha, chega! Eu não vou ficar apoiando isso se eu vejo que a cada mês que passa, isso nos faz mais mal! EU SOU SEU MARIDO CAROLINA, EU NÃO VOU FECHAR OS OLHOS VENDO A GENTE PASSAR POR ISSO. 
- Luan... - Ela sentou chorando e eu preferi sair dali do que brigar com ela. 
Estava pensando na gente, no nosso bem estar, mas no dela do que no meu. 

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Capitulo 100

Narrado por Carolina.

Quando abri os olhos, estava num quarto claro e branco. Me mexi e senti uma mão sobre a minha. Era Luan. 
- Como você está?
- Bem, eu acho. - Me forcei pra sentar. 
- Olha, vou chamar os enfermeiros e a gente vai embora daqui. 
- O que aconteceu? 
- Vou desmaiou, mas a gente conversa depois. 

Narrado por Luan.

O medico veio dar alta, mas antes contou pra ela o motivo. Dei bronca. Disse que no primeiro nervoso, ela iria mesmo passar mal, e o estopim certamente havia sido a internação de Lilian. Ela me olhou com medo, já sabia que ia ficar feio pra ela. Entrou no carro e antes de dar partida, ela disse: 
- Desculpa, você vem pra folga e fica no hospital comigo. 
- Você sabe que não me importo. 
O resto do caminho do caminho foi em silencio. Quando estacionei o carro na garagem, ela tentou sair mas eu não destravei. 
- Amor, destrava pra mim?
- Não. 
Respirei fundo e olhei pra ela. 
- Olha, eu vou ser bem rígido mesmo, não me importo se vai te magoar. Quero que magoe mesmo. 
- Luan... 
- Escuta Carolina. Vou te dar um aviso, mas só um aviso... - Olhei firme pra ela. - A próxima vez que você for parar em um hospital por que está ansiosa demais, não come por causa dessa gravidez, eu acabo com isso. Você entendeu?
- Luan, me desc... 
- Não, não quero saber, nem começa. Estou louco com você, pra não falar merda aqui. Eu dei meu recado. 
- Você ta sendo inju... 
- Sendo o que? Injusto? Não! Eu viajo, não posso confiar em você pra se cuidar e você quer um bebê? Me passa confiança primeiro Carolina. 
Destravei a porta e ela saiu. Bufei e sai atras. Era fim de tarde, mesmo pais ainda estavam em casa. Entrei atras dela, e não vi ninguém. Carolina parou na escada e virando pra mim, disse:
- Luan, só queria que parasse de ser tão ditador! VOCÊ NÃO DECIDI NADA SOZINHO, É MEU FILHO! 
- NOSSO! E É CLARO QUE DECIDO, SE FOR PRA SER O MELHOR PRA NÓS! 
- Você nunca fica do meu lado, SÓ SABE MANDAR LUAN SANTANA! - Ela saiu correndo escadas acima.
- NÃO ME CHAMA ASSIM CAROLINA! - Olhei pro lado e meus pais e Lilian nos olhavam com atenção.
- O que houve filho? 
- Essa menina vai me deixar louco! - Sentei no sofá, respirei fundo. - Vem cá filha, papai tava com saudade. - Chamei. 
Ela veio correndo. Apertei ela e beijei. - Desculpa minha princesa. 
- Saudades papai. 
- Eu sei, estava morrendo. Trouxe um negocio pra você, mas antes, vai lá ficar um pouco com a mamãe vai? 
Ela me deu um beijo e saiu.
- Por que essa gritaria Luan? A menina acabou de sair de um hospital! - Meu pai me repreendeu. 
- Pai, ela não tem cabeça pra essa historia de tratamento, gravidez não! 
- O que houve? 
Contei pra eles. 
- Entende ela me filho. - Minha mãe disse.
- Eu entendo mãe!
- Entende mesmo? 
- Entendo, mas eu não posso deixar ela fazer o que quer. 
- Está certo Mari. Mas fica mais ficar do lado dela, não precisava brigar Luan. Ela tem que sentir que você apoia ela. 
- E eu quero sentir que posso confiar nela pra levar essa historia adiante. Eu não vou perder outra mulher, não vou. 
- Ninguém disse nada disso filho. 
- Pai, pensa como é difícil pra mim isso tudo. A Eduarda morreu no parto! 
- Não tem nada haver! 
- Eu tenho medo. Medo mesmo. - Disse sincero, inconformado, como se ninguém me entendesse. - Por que acha tanto que não queria compromisso com ela antes? Eu não quero reviver tudo, não vou. - Bati a mão no encosto do sofá. - Tenho que entender ela, mas ninguém vê como tudo isso é difícil pra mim. 
- Luan, meu filho....
- Chega, eu não quero mais falar disso. Preciso de um banho. 
- Acho que vou levar a Lilian pra dormir em casa. Os ânimos aqui estão alterados. 
- Melhor pai. Amanhã quando acordar vou pegar ela. Ela não vai na escola por causa da virose, quero ficar com ela. 
- Tudo bem. A gente já vai filho. - Minha mãe sorriu e me abraçou. 
- Desculpa. E obrigado por tudo. 
- Fica tranquilo. Ela me deu um beijo e sorriu. Logo me despedi de Lilian quando fui buscar ela do quarto com Carol e ela foi embora com meus pais. Tomei banho, descansei um pouco na sala mesmo. Carolina estava no quarto deitada e nem virou quando entrei. Quando vi que era mais de 19:30, decidi pegar comida em um restaurante, já que Carolina não se manifestou em cozinhar. Preferi ir até lá e escolher. Era mais de 20:00 quando voltei e arrumei a mesa. Entrei no quarto. 
- Carolina, vem jantar. - Ela não respondeu. - Comprei comida pra gente.
Diante da falta de resposta, respirei fundo arrependido, já com dó dela. Aquela mulher era meu ponto fraco, sem duvidas. Caminhei até a cama e engatinhei até ela, abraçando seu corpo e olhando seu rosto de costas pro meu. 
- Carol, desculpa. - Ela começou a chorar. - Eu não devia ter falado daquele jeito com você, desculpa meu amor. - Sequei as lagrimas dela. 
Ela se virou e me abraçou. 
- Idiota. 
- Oh, mas eu não retiro o que eu disse. Só tinha que ter dito com mais carinho. 
- Desculpa. 
- Me desculpa que está tudo certo. 
Ela selou meus lábios e levei as mãos pra trás da cabeça dela, iniciando um beijo mais quente.
- Eu te amo. - Falei sorrindo assim que cortei o beijo. 
- Te amo. - Ela respondeu. 
- Agora vamos jantar. Comprei salada, carne, tem até batata, ta um cheiro maravilhoso. Vamos?
- Vamos. - Ela sorriu e me apertou de novo. 
Levantamos e eu levei ela nas costas até a cozinha, rindo. Coloquei o prato pra ela , que comeu tudo enquanto conversávamos, mas eu estava de olho.

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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Capitulo 99

Narrado por Luan. 

- Alô? 
- Luan? 
- Oi amor. - Disse ofegante. 
- Onde você está? - Sua voz estava agoniada.
- Academia. E você? 
- No hospital. 
- O que houve? Você ta bem? E a Lili?
- Eu to bem. A Lilian não muito. 
- O que foi?
- Ela passou mal hoje, piorou e eu trouxe ela pra cá. 
- O que é? 
- Virose. Ele disse que ela vai ficar bem.
- Ainda bem. - Respirei fundo. - Como ela está?
- Um pouco abatida. Está dormindo agora e tomando soro, quando acabar, vamos embora. 
- Vou ver se consigo voltar pra casa hoje. 
- Fica tranquilo, não precisa. Amanhã acabou não é?
- É. Eu prometo que de manhãzinha eu chego ai. - Estava a um semana fora de casa. - Estou com saudades. 
- Eu também estou morrendo. 
- Se cuida, e quando ela acordar, me liga. 
- Ligo. 
- Qualquer coisa, grita meus pais. 
- Pode deixar Lu. 
- Um beijo minha vida. 
- Um beijo. 
Ela desligou e telefone e eu respirei fundo, abaixando a cabeça. Queria estar com ela naquele momento, cuidando da minha filha. Nem com Lilian estava e ia estar com a criança que queriamos ter? 
- Parou por que? - Guto voltou. 
- A Carolina ligou. 
- Tudo bem? 
- Mais ou menos. A Lilian passou mal, elas estão no hospital. 
- Quer parar por hoje? Acho que ta bom. 
- Quero. - Me levantei do aparelho e descansei. Voltamos pro hotel e logo tive que me arrumar e fui fazer o que mais amo. 

Narrado por Carolina.

Estava com Lilian no hospital quando me senti mal. Algumas tonturas, enjôos. Logo a expectativa aumentou e eu só  pensava naquilo. O medico deu alta pra ela e a primeira coisa que fiz foi botar ela no carro e passar em uma farmácia. Comprei um teste e fomos pra casa. Dei comida pra ela e banho. Lili estava bem melhor, então foi dormir. Fui fazer o teste. Esperei o tempo e o resultado deu negativo, mais uma vez. Fiquei decepcionada, mas lembrei do que Luan disse e parei de pensar naquilo e fui descansar. Ficar no hospital o dia todo cansava e eu estava esgotada. Dormi a noite toda, mas na manhã seguinte, eu ouvi chamados e acordei meia zonza. Ouvi a voz de Luan cada vez mais perto e levantei com tudo, quando um clarão escureceu minha visão. Fiquei tonta e dessa vez o grito foi mais forte. 
- Carolina? - Senti as mãos de Luan na minha cintura e me puxar com força quando dobrei os joelhos, sem força. Em seguida, não ouvi mais nada. 

Narrado por Luan. 

Cheguei em asa e Carolina simplesmente desmaiou no meu colo. Peguei ela no braço e coloquei na cama enquanto ligava pros meus pais. 
- Mãe?
- Bom dia filho.
- Bom dia mãe, pede pro pai vir aqui agora? A Carol passou mal, ta desmaiada aqui e a Lilian ta dormindo. Preciso que alguém fique com ela por favor. 
- Estamos chegando. - Ela desligou e eu corri pro closet. Peguei um shorts de academia, que era de malha pra não apertar e uma blusa soltinha. Peguei ela no colo e desci, chamando. 
- Carol, fala comigo. 
Coloquei elas no banco se tras e meus pais estavam chegando e sai. Dei um beijo neles e me despedi. Fui o caminho todo chamando ela e ela só acordou meio zonza quando chegamos. Botaram ela numa maca e eu tive que aguarda. Naquela hora estava vazio, agradeci por isso. Alguém tempo depois, o medico me chamou. 
- Bom dia. 
- Bom dia, sente-se. 
Me sentei. 
- Ela está bem? 
- Sim, vai ficar bem. Fizemos alguns exames e... 
- E... 
- Ela está tentando engravidar?
- Como o senhor sabe?
- Ela acordou, estava um pouco agitada. Perguntou se estava gravida. Demos um calmante e ela está dormindo. Quando acordar pode ir.
Respirei fundo abaixando a cabeça já prevendo a conversa e contando até 15926738 mil. 
- Está.
- Ela não está se alimentando direito. 
- Não? - Ergui a cabeça. 
- Não. Eu acho que ela esta ansiosa demais, e isso afetou a alimentação. O senhor tem que prestar atenção se isso está fazendo mal pra ela. 
- Eu vou resolver isso. 
- Então é só. Ela vai ficar, depois que acordar está liberada. 
- Obrigado doutor. - Levantei dando a mão pra ele e sai. 
Me levaram até o quarto dela e eu fiquei ai sentado esperando ela acordar e pensando no que faria. Eu não podia deixar assim, não mesmo.

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domingo, 8 de dezembro de 2013

Capitulo 98

Quando acordei, Luan estava dormindo como um anjo. Faltava uma hora ainda pro despertador tocar, então comecei a passar a mão sobre seu rosto, delicadamente. Ele sorriu, mas não abriu os olhos. Só me puxou e me abraçou forte, fazendo carinho.
- Bom dia pequena. 
- Bom dia meu amor. Como foi com Lilian?
- Ótimo, preciso fazer isso mais vezes!
- Ela é sua cara. - Acariciei seu rosto. 
- Você acha? 
- Acho. - Sorri. - Os cabelos são da mãe, mais só. 
- Posso te pedir uma coisa? 
- Diga. 
- Não te quero ver triste quando descobre que não está gravida. 
- Luan... 
- Por favor... - Ele beijou minha testa. - Vamos te paciência, por favor. Faz dois meses que você iniciou tratamento. Não é da noite pro dia Carol, e isso está acabando com a gente. 
- Luan, eu só fico triste e... 
- Você sabia que seria assim.
- Eu sei, eu sei. Me desculpa. 
- Não precisa se desculpar, só não quero mais te ver assim, por favor. 
- Tudo bem, vamos esquecer. 
- Vou buscar a Lilian e você fica aqui. Passou a cólica? - Ele se levantou indo ao banheiro. 
- Passou. 
- Tenho show hoje amor, mas volto no domingo. Pensei que vocês pudessem ir comigo. - Ele gritou.
- Serio? - Sorri. 
- Serio. Topa? 
- Com você eu topo tudo. 
- Beleza. - Ele saiu do banheiro e já voltou pra cama. - Vamos ficar aqui quietinhos até dar a hora. 
- Tudo bem, amor. 
- Oh, vou sair com Lilian, levar ela em casa e depois eu volto. Quanto tenpo pra fazer o almoço. 
- Uma hora e meia. 
- Tudo bem. - Ele me deu um selinho. - Eu volto dentro desse tempo. Almoçamos juntos. 
- Vou arrumar nossas malas e depois ficamos aqui tranquilos. 
- Goiania, ta? Amanhã Rio. - Ele sorriu.
- Tudo bem. - Me apertei em seus braços. - Canta pra mim?
- O que? 
- Tudo que você quiser... 
Ele sorriu e começou a cantarolar no meu ouvido. 
- Tem dias que eu acordo pensando em você... 

Luan se despediu e saiu com o carro. Fui pra cozinha e arrumei um almoço pra gente, bem simples. Arroz, carne, salada e batata assada, que Lilian amava. Coloquei no fogo e dei uma organizada na casa. Ficava olhando sempre a comida e enquanto isso, fiz nossas malas. Logo Luan e Lili chegaram. Ela estava toda feliz por que o pai tinha ido levar e buscar ela e ainda iria ver seu show. Comemos conversando com ela e depois fomos assistir um filme infantil. Era bom ter eles comigo sempre. Mais tarde, pegamos voo rumo ao estava de Goiânia, pra mais um show pra lá de especial. Tinha saudade de tudo aquilo, então deixei Lili com Rober e no meio do show, desci pra área da frente do palco pra bater uma fotos. Rober me fez sinal pra escolher a donzela e eu virei buscando alguma que me chamasse a atenção. Escolhi, uma da grade, que estava com um cartaz de um FC. Pedi pro segurança puxar ela, que não parava de me agradecer. Dei um beijo nela e entreguei pra um dos homens ali, ele levaria ela. No show do Rio, a tarde, eu e Luan decidimos ir com Lili a praia. Estavamos de frente pro mar, num lugar isolado. Acabamos aproveitando muito, bem tranquilamente. Estava calor, sol forte. Foi uma tarde gostosa e acabamos num show maravilhoso.

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sábado, 7 de dezembro de 2013

Capitulo 97

Passamos a sonhar com um filho. Não nos protegíamos mais e a cada dia, num momento a dois, conversamos. Apostamos todas as fichas naquela criança, que seria amada como Lilian. Luan entrou no meu sonho, entramos juntos, mas só Deus sabe como erramos criando tantas expectativas. Na semana seguinte, estava em casa com Lili quando ele chegou. Havia marcado uma consulta com a medica e ele iria comigo. Levaríamos a pequena pra depois ir passear. Estava penteando os cabelos lindos dela quando ele chegou no quarto sorrindo e me cumprimentou. Lili pulou em seu colo e eles se apertaram. Era lindo o amor deles. Depois ele veio, me abraçou e me seu um beijo como só ele sabia.
- Estamos atrasados? 
- Olhei em seu relógio. 
- Não, mas não demore no banho. - Já sabia o que ele queria. 
- Pode deixar meu anjo. - Ele selou meu lábios e saiu correndo pro nosso quarto.
Lili e eu tiramos uma foto assim que terminei de arrumar ela. Estava frio em Londrina, agasalhei bem ela e a deixei brincando um pouco. Fui pro quarto, peguei um casaco e depois terminei de me arrumar. Luan saiu do banho já trocado e me abraçou por trás assim que me dobrei pra arrumar minha bolsa e pegar os exames que ela tinha pedido semana passada. 
- Você ta linda. - Beijou meu pescoço. 
Virei pra ele e selei nossos lábios. 
- Não mais que você. 
- Vamos? 
- Vamos. 
No caminho, ficamos ouvindo Lilian falar de uma amiguinha da escola, da professora e do passeio com Bruna que havia feito na semana. Disse que queria ir a um show e Luan prometeu leva-la. Quando chegamos, entrei sozinha, Luan ficou com Lili. Conversei muito com a medica, disse a ela que queria retomar um tratamento que comecei em São Paulo. Ela olhou meus exames, me deu boas alternativas e ótimas chances de resultados. Eu sai de lá com boas esperanças e encontrei um Luan apreensivo no sofá conversando com nossa filha. Evitamos conversar perto dela sobre isso, só sorri pra ele e lhe dei um selinho quando ele perguntou se estava tudo bem. Em seguida, nos dirigimos ao shopping, Luan me perguntou quando viu que Lili estava distraída.
- Como foi?
- Ela nos deu boas chances. - Sorri.
- Então...
- Vai dar certo. - Peguei na mão dele que repousava sobre a perna no sinal vermelho do transito e apertei. 
Ele sorriu e fez o mesmo, mas voltou a dirigir. Passamo uma tarde muito gostosa e alegre. Fizemos algumas compras e tomamos sorvete. Ficamos na rua até de noite, jantamos fora, no restaurante preferido do Luan. Dei banho na Lilian e coloquei ela pra dormir. Depois fui tomar e chamei Luan comigo. Naquela noite nos amamos com paixão e depois ficamos abraçados conversando, até ouvir Lilian chamar no meio da noite. Luan levantou e se vestiu. 
- Fica ai meu amor, eu vou lá. 
Ele saiu, e demorou alguns minutinhos pra voltar, mas apareceu e eu estava quase dormindo quando entrou dizendo:
- Carol, a Lilian não ta bem.
- O que? - Perguntei sonolenta.
- A Lilian deve estar com febre. 
Levantei e fui com ele pro quarto dela. Peguei termômetro, medi a temperatura quando ele me olhava com atenção.
- Não está tão alta amor, vamos dar um remédio e passa.
Mediquei ela com o vidro que Luan me deu, depois ficamos um tempo ali. 
- Vamos treinar amor, por que logo a gente vai ter um bebe. - Luan disse rindo e me abraçando. 
- Lilian já é um bebe grandão. - Ri concordando com ele. 
Ela acordou, pediu pra dormir com nós. Fui até o quarto, arrumei a cama e Luan levou ela no colo. Dormimos com ela no meio, fazendo carinho nos dois e de mãos dadas por cima da pequena. 

O tempo passou a passar rápido. De repente fez dois meses que estava fazendo o tratamento. Eu tinha a esperança que ia engravidar. Mas não foi daquela vez. Luan tinha chegado de viagem no dia anterior e eu desci desanimada pra tomar café, antes de levar Lilian na escola, por que eu saia e Luan ficava dormindo. 
- Que foi?
- Mais um mês. 
- Por que? - Ele desanimou.
- Estou com cólica Luan.
- Carol, não podemos desistir. Tomou remédio?
- Vou tomar. 
- Eu vou pegar pra você meu amor. - Me deu um beijo no rosto.
Ele saiu da mesa e foi pegar, me trouxe, tomei e depois de tomar café, ele ajudou Lilian a se vestir e depois disse que levaria ela, pra mim voltar a deitar.
- Você só tem suas folgas pra dormir direito Luan.
- Carol, eu vou, fica ai. 
Ele saiu com ela pra escola e eu voltei pra cama, colocando o despertador pra ir buscar ela. Quando estava adormecendo, senti uma mão sobre minha cintura me apertando e puxando pra perto.

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domingo, 1 de dezembro de 2013

Capitulo 96

Luan e eu passamos 8 dias na Califórnia. Sol, calor, muita praia e amor. Foram os 8 dias mais incríveis da minha vida. Parecia que enfim tudo dava certo, tudo caminhava e agora seriamos felizes, como eu esperava desde o tempo de adolescente. De repente, tudo se apagou. Luan e eu andávamos pela praia deserta de San Diego pela noite. Caminhávamos com as mãos dadas e conversando sobre como o lugar era lindo e naquele momento, vazio. Ele me puxou de repente e nos aproximou da água.
- Vamos dar um mergulho amor. 
- Luan, a água deve estar fria. - Respondi rindo. 
- Tem medo de água gatinha? 
Ele me soltou e começou a andar devagar em direção a água, de costas, rindo. Quando chegou bem perto do limite da maré e seus pé foram cobertos pela água, só vi ele desequilibrar e despencar de costas, gritando. Corri até ele rindo, sabia que não havia se machucado. Me agachei ao lado de um Luan todo molhado com cara de paisagem.
- Tem medo de água gatinho? - Ri. 
- Tropecei amor, tem uma pedras aqui. - Ele se sentou e riu.
- Ta todo molhado... - Passei a mão pelo seu cabelo. 
- Vem cá vem. - Ele me puxou e derrubou em seu colo, sentada.
Estávamos de roupa de banho. Ele acariciou meu rosto e me deu um beijo calmo, romântico. Mais parecia que eramos ligados na mesma energia, tínhamos harmonia. Nem vimos o tempo passar, não saímos do lugar, trocando beijos, caricias, mãos bobas, cada vez mais quentes e quando vi, estávamos esticados na areia, Luan sobre meu corpo e nos amamos ali mesmo, com o misto de medo e desejo. 

Dois meses depois... 

Estávamos deitados na cama de um hotel, era tarde, logo amanheceria. O show havia acabado um um bom tempo, estava acompanhando o Luan nesse fim de semana. Trocando caricias, conversávamos. 
- Eu... - Luan ficou sem graça de repente, receoso. 
- O que foi?
- Quero conversar sobre uma coisa. - Ele olhava pras mãos.
- O que amor? 
Ele me olhou nos olhos e depois desviou.
- Diga Luan. 
- Deixa pra lá. - Sorriu forçado. 
- Claro que não. Achei que pudesse se abrir com você e que você se abriria comigo. Foi isso que combinamos. 
- Desculpa. - Ele me olhou. 
- Sou sua amiga antes de tudo. - Acariciei seu rosto. 
- Não é isso. Eu tenho medo de magoar você. 
- Sou sua amiga amor. 
Ele respirou e me olhou.
- Você ainda está fazendo tratamento?
Me surpreendi com sua pergunta, sabia que ele pensava nisso, mas não pensei que fosse perguntar.
- Não. - Acariciei seu rosto. 
- Você desistiu? 
- Não vamos ficar falando disso. 
- Realmente não importa? Por que você tinha dito antes que não importava por que não era eu. 
- Importa, com você importa, mas... 
- Mas? 
- Eu sinto que isso é pesado, difícil pra você. 
- Realmente. Eu quero ter um filho com você, só não quero que se magoe.
- Se você estiver segurando a minha mão... - Procurei a dele e apertei.
- Você topa?
- Sim. Mas só se você tiver segurando a minha mão.
- Eu seguro. - Ele sorriu apertando. - Imagina, um garotinha linda como você dançando pela casa?
- Ou um menininho sapeca igual você cantando. - Sorri passando o dedo da outra mão pelo seu nariz. 
Ficamos ali, assim, segurando a mão um do outro e sonhando com um irmão pra Lilian.

Amores, desculpem a confusão com o ano do capitulo anterior. A fanfic começou com o anuncio da gravidez de Eduarda, no ano atual. Então, ela já tem 6 anos mais ou menos. Eles se casaram mais ou menos 8 meses depois do pedido de casamento... A fanfic se passa no futuro. Posto outro com 14 opiniões. Gostaram? Vocês fazem essa historia. Quem gostou, clica no G+1 ali em baixo e ajuda a fanfic a crescer e tal. Obrigado pelos comentários estou amando! E não se esqueçam, fiquem a vontade pra dar opiniões, dicas, sugestões, criticas construtivas e tudo mais, desde que tenha educação e boas intenções eu aceito de boa e amo viu? Identifiquem-se. Um beijo, espero que gostem, eu volto logo... Grupo para notificações: aqui!

sábado, 30 de novembro de 2013

Capitulo 95

15 de junho de 2019

Eu estava nervosa e meu coração parecia que pularia pela boca. Minha maquiagem estava perfeita e o cabelo digno de uma princesa. Estava no salão do hotel, me arrumando pro meu casamento. Eu e Luan havíamos escolhido um luxuoso hotel em São Paulo que atendia todas as nossas necessidades. Havia três salas bem interligadas por um corredor. A primeira e talvez mais especial, era o local da cerimonia. Assim como nos nossos sonhos, seria um casamento a altura de contos de fadas. O corredor, vulgo recepção, estava todo decorado com arranjos de rosas brancas, combinadas com a cor rosa bebe de um tom de dourado discreto fazendo a intercalação. Dali, os convidados - que não eram poucos - seriam recepcionados por Luan e direcionados para a primeira sala, minha preferida. O corredor central estava coberto por pétalas, com arranjo de rosas que iam do teto ao piso em pontos intercalados com as cadeiras. Pareciam arvores no meio do salão. A luz estava mais baixa que o normal, mas nada exagerado e o teto estava coberto por um tecido rosa bebe, criando um ar de estarmos num universo paralelo. As cadeiras, colocadas lado a lado, pra combinar com o ambiente, eram brancas e simples com acabamento romântico. No altar, a decoração era somente de flores, presas em dois pontos ao redor do local em que ficaríamos, do mesmo arranjo transversal do corredor. Eu conseguia fechar os olhos e nos imaginar fazendo juras ali o tempo todo e no momento agradeci por não ter casado com Fernando na igreja. Na segunda sala, havia um local pro jantar, em mesas dispostas pelo salão de forma extremamente calculadas pra nenhum problema ou erro. Luan me ajudou a organizar com o cerimonialista o lugar ideal de cada convidado, já que a maioria ele conhecia muito melhor que eu. Eles era amigos famosos e anônimos e toda a família, de Luan e minha, em menor quantidade. A decoração da sala ficou por conta de buques arranjados em forma de bolas de rosas, e as mesas cheios de detalhes. Novamente, luz baixa. Ao lado, grandes aberturas com os arranjo iguais do altar em pontos estratégicos davam entrada e separavam da sala do jantar o que chamamos de terceiro ambiente. Era ali que seria a pista de dança, apesar de mais descolada, ainda com o acabamento romântico. Havia também, mais no fundo, um local de social, onde os convidados poderia se sentar em sofás ou até conversarem com mais tranquilidade. O horário se aproximava e a cada minuto meu coração batia mais forte e descompassado. Abriram a porta rindo e eu me assustei.
- Luan já está recepcionando! Está quase na hora, vem! - Mari estendeu a mão pra mim e me levantei. - O vestido está pronto, vá se vestir querida, Bruna está lá pra te ajudar.
Sorri e caminhei a passou apressados, buscando uma forma de diminuir os minutos que ainda faltavam. Entrei no vestiário e Bruna apontou pro vestido no cabide. Ele era branco, bem volumoso, decote princesa com mangas caídas, com o corpete bordado e a cauda com alguns bordados ainda seguidos do corpete. Caminhei até ele e entrei dentro, Bruna me ajudou a levantar e então fecha-lo com cuidado. Quando ela terminou, olhei pro espelho a frente e nem ouvi quando ela saiu fechando a porta. Naquele momento entendi que Luan era o homem da minha vida, da minha existência, por que no momento, senti uma paz que meu casamento com Fernando não me transmitia de forma alguma. Luan era pra ser meu e eu era pra ser dele. Com cuidado, depois de longos minutos de observação, entrei dentro do sapato. Quando sai, recebi abraços de todos. Bruna, Mari e as madrinha não pouparam elogios. Depois, a porta foi aberta e a cerimonialista entrou com Amarildo. Ele veio na minha direção e me abraçou forte.
- Você está maravilhosa. - Ele sorriu e depois continuou. - Luan está que não se aguenta.
- Não sou muito diferente! - Rimos.
Não deu dois minutos e depois que as meninas já haviam seguido, fomos chamados. Amarildo pegou em minha mão e aperto.
- Pronta?
- Sempre estive. - Sorri.
Seguimos caminhando para o corredor e ali entramos as portas fechadas, mas, em seguida, fomos posicionados e as portas se abriram. Minhas pernas tremeram ao encontrar, me esperando no alta, um Luan vestido praticamente de príncipe e com um sorriso enorme e a expressão serena. A tradicional marcha começou e caminhamos devagar. Eu não consegui me conter e deixei escapar o melhor sorriso que poderia ter, sem tirar os olhos do meu grande amor. Quando Luan estendeu a mão pra mim e eu peguei, parecia que correntes elétricas passaram do corpo dele ao meu e nossos olhos não descolavam um do outro. Seu Amarildo me deu um beijo na testa e Luan me ajudou a subir o ultimo degrau, depois beijou minha bochecha e sorriu.
- Você é a mulher mais bonita que já vi, mas não imaginei que pudesse ficar tão linda dessa forma. Pensei que tal nível era impossível de se alcançar por uma humana.
Sorri e completei.
- Então, nós dois definitivamente não somos desse mundo.
Viramos pra frente e o padre nos saudou, em seguida, pediu que virássemos um de frente ao outro, dizendo que nossos olhares encantavam a todos e transmitiam amor. Ele começou a celebração com palavras uma mais encantadoras que as outras, e por fim, a parte mais importante. Demos as duas mãos.
- Luan e Carolina, viestes aqui para celebrar o vosso Matrimônio. É de vossa livre vontade e de todo o coração que pretendeis fazê-lo?
- Sim! - Respondemos juntos.
- Vós que seguis o caminho do Matrimônio, estais decididos a amar-vos e a respeitar-vos, ao longo de toda a vossa vida?
- Estou. - Novamente a sintonia era perfeita.
- Estais dispostos a receber amorosamente os filhos como dom de Deus e a educá-los segundo a lei de Cristo e da sua Igreja?
- Sim.
- Uma vez que é vosso propósito contrair o santo Matrimônio, uni as mãos direitas e manifestai o vosso consentimento na presença de Deus e da sua Igreja.
Unimos nossas mãos e as lagrimas começaram a cair do meu rosto. Luan sorriu e vi seus olhos molharem.
- Eu Luan Rafael, recebo-te por minha esposa a ti Carolina, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por toda nossa existência.
- Eu Carolina, recebo-te por meu esposo a ti Luan Rafael, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por toda nossa existência.
- Não separe o homem o que Deus uniu.
Ele benzeu as alianças e Luan pegou a minha, colando em meu dedo anelar enquanto dizia:
- Carolina, recebe esta aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Ele sorriu e depois beijou minha mão. Peguei sua aliança e repeti o mesmo gesto, tremendo.
- Luan, recebe esta aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
- Eu os declaro, marido e mulher. Pode beijar a noiva.
Luan sorriu e enxugou minhas lagrimas. Se aproximou devagar e me deu o melhor beijo de minha vida, delicado, calmo e romântico, com o mais puro sentimento, inicial essa nova fase da nossa vida.

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